Polícia

Justiça arquiva inquérito que investigava Zeca Abdon por estupro de vulnerável

Houve comprovação de que vereador não praticou o crime porque o laudo de atos libidinosos deu negativo.caso seria vindita do pai do menino 


Imagem: Ascom/CMM

 

O juiz de direito da 2ª Vara Criminal de Macapá  determinou o arquivamento do inquérito que investigava Jorge Alcindo Furtado Abdon, o vereador Zeca Abdon, acusado de suposto crime de estupro de vulnerável.

 

O inquérito contra Zeca Abdon foi instaurado pela Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Contra Criança e Adolescente (Dercca) e depois encaminhado para o Ministério Público (MP). Na defesa do acusado atuou o advogado criminalista Helder Carneiro.

 

Embasado em demonstração do MP, o juiz concluiu sentenciando que não havia possibilidade de oferecimento de ação penal, tendo como fulcro o inquérito da Dercca, e que com o esgotamento dos atos investigatórios, em decorrência da falta de materialidade e indícios de autoria, demonstrou-se a ausência de elementos para a oferta da denúncia.

 

O Ministério Público expôs que a investigação do caso foi finalizada através do laudo do exame feito na criança, dando negativo para atos libidinosos, e a falta de provas, uma vez que as declarações das testemunhas arroladas pela defesa além de derrubarem por si só a versão de estupro de vulnerável, não coadunaram com as imagens apresentadas pela defesa.

 

“Além do laudo, ficou comprovada a impossibilidade de naquele dia ter acontecido o motivo da acusação contra o vereador, mas sim que não houve a autoria nem a materialidade do crime. Por isso o inquérito foi arquivado, nem chegando a ser denunciado”, descreveu o advogado Helder Carneiro.

 

Advogado Helder Carneiro

 

No curso do inquérito ainda foi falado, através de testemunhas, que o pai da criança, de prenome Edilson, ameaçou Zeca Abdon em decorrência do vereador não lhe ter dado dinheiro suficiente para compra de uma moto. A ameaça teria ocorrido em uma terça-feira. Dois dias depois a denúncia do possível abuso sexual eclodiu.

 

A criança, um menino, era arrimo da família de Zeca Abdon, do qual gostava muito, inclusive, segundo o inquérito, o menor pediu para sair no carro com o próprio vereador um pouco antes da hora em que acusação disse que ocorrera o estupro de vulnerável. O vereador não quis levar o menino porque iria para a Câmara Municipal de Macapá.

 

Em virtude da acusação, Zeca Abdon beirou de ser submetido à Comissão de Ética da Câmara de Vereadores, por causa de pressões de seus acusadores e adversários políticos ao presidente da Casa de Leis, Marcelo Dias.

 

“Por isso, é importante paciência e sabedoria numa situação com essa. O vereador podia ter perdido o mandato, por causa de uma acusação infundada, quando sempre foi inocente nesse caso. Mas justiça foi feita com o arquivamento do processo”, arrazoou o advogado Helder Carneiro.

 


Deixe seu comentário


Publicidade