Cidades

Alunos alegam não ser ouvidos durante período de paralisação

Estudantes afirmam não receber informações sobre greve e se dizem prejudicados com afastamento das salas de aula


Fotos: Wallace Fonseca/DA

 

Wallace Fonseca
Estagiário

 

Uma nova paralisação na área da educação está prevista para começar na quarta-feira, dia 3, atingindo novamente os alunos da rede estadual de ensino. A greve de professores, desta vez de 15 dias, afetará negativamente o ensino principalmente dos estudantes do ano final do colegial, que realizarão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no fim do ano.

 

Os alunos do terceiro ano do ensino médio das escolas estaduais, que prestarão o Enem nos dias 5 e 12 de novembro, encaram um novo obstáculo em sua instrução. Uma quinzena de afastamento das salas de aula preocupa os educandos, que começaram o ano letivo há pouco e já se deparam com a segunda paralisação só no primeiro semestre do ano.

 

Gustavo Alef

 

“Temos a vontade de buscar nossos direitos; a greve afeta muito o ensino dos estudantes, principalmente os do terceiro ano, que prestarão o Enem. Quinze dias de paralisação realmente vão afetar nossos estudos”, afirma Gustavo Alef, presidente do Grêmio Estudantil da Escola Estadual Gabriel Almeida Café.

 

“Nossa maior preocupação é que a escola não consiga atingir o previsto da carga horária até dezembro, e de nos prejudicar nesses dias paralisados. Queremos fazer parte da solução e não do problema. Queremos agir como mediadores”, pontua Yago Costa, presidente do Grêmio Estudantil da Escola Vidal de Medeiros, do município do Amapá.

 

Yago Costa

 

Os representantes estudantis pretendem mobilizar os alunos e conversar com a secretaria e com os professores, buscando uma resposta urgente. “Queremos ser ouvidos e buscar realmente a palavra certa deles”, concordam os presidentes dos grêmios escolares, que ficaram de se reunir com a secretária de educação, Sandra Casemiro, nesta terça-feira, 02.

 

Nos períodos de greve, estudantes afirmam não receber informações necessárias para o bom entendimento da situação. Segundo eles, só sabem através dos professores que as aulas vão parar, mas sobre os demais fatos as redes sociais acabam servindo como fonte de informação. Mesmo sendo os mais afetados nesta circunstância grevista, os alunos argumentam não serem tratados como prioridade.

 


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