Cidades

Casos graves de síndrome respiratória em crianças levam governo a decretar emergência em saúde pública

Aumento exponencial de casos que exigem intubação de pacientes leva Estado a contratar leitos extras em hospitais particulares e outras medidas.


 

Cleber Barbosa
Da Redação

 

O governador do Amapá, Clécio Luís (SOLIDARIEDADE), anunciou neste sábado (13) durante entrevista coletiva no Palácio do Setentrião, que o Amapá está sob emergência em saúde pública. A medida foi adotada a partir do estrangulamento da capacidade de internação em leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) nos dois hospitais de referência em atendimento a crianças e adolescentes.

Ao lado do vice-governador Teles Júnior e outras autoridades do secretariado, como a secretária de Saúde Silvana Vedovelli e o procurador-geral do Estado, Thiago Albuquerque, ele disse que a Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) alertou para um aumento exponencial dos casos de Síndrome Respiratória Aguda.

 

O Amapá registra 162 pacientes internados em leitos clínicos e outros 29 em leitos de UTI. Destes, segundo a SVS, 41 pacientes são da faixa etária de 0 a 6 meses; 59 entre 7 meses a 4 anos; e 9 entre 5 anos a 11 anos.

“Nós estamos sentindo isso na porta dos hospitais nas últimas quatro semanas, mas o que chamou mais atenção foi o movimento no HCA, o Hopital da Crianças e Adolescente e o PAI, o Pronto Atendimento Infantil, que registraram um aumento de quase 300%”, disse Clécio Luís.

 

O governador explicou que o Amapá está num período de sazonalidade de gripes comuns, mas o que se viu foi um número muito acima do que era esperado, o que levou numa conclusão prévia a se atribuir à falta de vacinação das crianças e adolescentes que são o alvo preferencial de um outro vetor de gripe, o VSR, Vírus Sincicial Respiratório.

Este vírus sincicial é responsável pela maioria dos casos de infecções do trato respiratório inferior em bebês. Em climas temperados é mais comum nos meses de inverno e em climas tropicais é mais comum nos meses chuvosos.

 

Dentre as medidas anunciadas pelo governador, o aumento do número de leitos de UTI e clínicos, reforço de medicamentos e equipes em escalas de plantão, aquisição de estoques extras de oxigênio e também restituir o COESP, o núcleo de emergência em situações de saúde pública.

O governador recebeu no início da tarde todos os prefeitos do Amapá para definir estratégias de imunização em massa das crianças e adolescentes, com busca ativa se necessário, bem como outras medidas adicionais, pois a literatura médica ensina que mesmo imunizadas agora, as crianças só passarão a contar com os efeitos das vacinas em até 15 dias.

 

O governo federal também já foi acionado, através do Ministério da Saúde e também o Minitério da Integração e do Desenvolvimento Regional, para que não falte apoio da União às demandas que o Amapá vier a apresentar.

 

Por fim, o governador apelou para que pais ou responsáveis e a população em geral reforcem as medidas de higienização das mãos e não permitam que suas crianças que apresentem quadros gripais frequentem ambientes coletivos,  como as salas de aula.

 

 


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