“A situação não está sob controle, mas estamos fazendo tudo para isso”, diz secretária de Saúde acerca das síndromes gripais
Vedovelli foi a Brasília com governador Clécio em busca de socorro contra mal que ataca principalmente crianças. Três óbitos já foram confirmados

Douglas Lima
Da Redação
Declarações da secretária estadual de saúde, Silvana Vedovelli, e do deputado federal Dorinaldo Malafaia, na manhã desta terça, 16, no programa ‘LuizMeloEntrevista’ (Dário FM 90,9), expressaram nitidamente a vulnerabilidade em que o Amapá se encontra no enfrentamento ao surto de síndromes gripais, atacando principalmente crianças, inclusive há o registro de três óbitos.
No sábado (13), o governador Clécio Luís já decretava o Amapá “em estado de emergência em saúde pública”. No feriado de segunda-feira (15) o governo recorria à ajuda da União, ao mesmo tempo em que o próprio gestor viajava à Brasília acompanhado da secretária Vedovelli, para reforçar a busca de apoio para o enfrentamento à síndrome.
“A situação não está sob controle, mas estamos fazendo tudo para isso”, disse a secretária de saúde, informando que foi criado um comitê de enfrentamento ao surto no Amapá e em Brasília, contando com a Ebserth, a administradora do Hospital Universitário, para que o HU disponibilize leitos de UTI e leitos clínicos.
O deputado Dorinaldo Malafaia anunciou a chegada em Macapá, pela madrugada, de 12 técnicos que desembarcaram em avião da Força Nacional do SUS. Ele antecipou que amanhã, quarta-feira, 17, sem saber precisar o número, chegarão pediatras, também através da Força Nacional do SUS.
O parlamentar explicou que os técnicos que já se encontram no estado são do setor laboratorial. Eles estão com a incumbência de identificar os vírus circulantes no estado, uma vez que os quatro que estariam circulando estão sem definição clara. “É preciso fazer um Painel Viral, para a partir daí atuarmos com segurança”, esclareceu.
Dorinaldo Malafaia criticou ainda não existir no estado uma equipe preparada com roteiro para atuar de março a maio, período em que os vírus gripais mais se acentuam no estado do Amapá. Ele também criticou o fim do programa Vacina em Casa, informando, contudo, que o governador Clécio tem sinalizado para a reabertura do programa.
“Temos o desafio de mudança de hábitos, e isso passa pela vacinação, que no Amapá a cobertura não chega a 20% da população. A situação exige um redesenho do SUS. O HU precisa rapidamente voltar a funcionar em sua plenitude. Temos recursos federais, mas leitos ociosos”, lamentou o deputado.
Dorinaldo ainda registrou que a rede estadual de saúde está lotada, e que a solução para impedir o avanço do surto é a vacinação, mas alertou que o efeito da vacina contra a síndrome gripal só se dá depois de 15 dias. “O principal, agora, é cuidar das crianças, garantir leitos, médicos e laboratório”, concluiu o parlamentar.
A secretária Silvana Vedovelli, por sua vez, informou que em razão do estado de emergência os leitos do Hospital da Criança aumentaram de 85 para 155, e que a ala nova do local é inaugurada ainda hoje. “A situação não está sob controle, mas estamos fazendo tudo para isso”, concluiu a titular da pasta da saúde.
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