Estados do Norte podem ter tarifa de energia mais cara do país em 2023, diz Aneel
A média do Brasil será de 6,9%, mas na Região Norte, incluindo o Amapá, pode subir para 17,6%

A tarifa média de energia elétrica no Brasil deve subir 6,9% em 2023, afirmou o diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Sandoval Feitosa. A informação foi divulgada na sessão da Comissão de Serviços de Infraestrutura no Senado. Para a região Norte o aumento médio deverá ficar em 17,6%.
A Aneel reajusta as tarifas de energia elétrica anualmente, no aniversário de concessão da distribuidora local. A tarifa é composta por quatro fatores: distribuição, transmissão, geração de energia e os encargos setoriais – custo das políticas públicas do setor. O reajuste da tarifa para o Amapá deve ocorrer em novembro. Sandoval Feitosa justificou que o custo na região Norte é o mais alto do país em razão da pouca densidade demográfica e dos baixos investimentos realizados pelas empresas privatizadas nos anos de 2018 e 2020.
“O Brasil hoje é um país da energia barata, mas tarifa cara”, afirmou Sandoval. Segundo o diretor-geral da Aneel, os encargos setoriais cresceram acima do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) desde 2015. Essas políticas são definidas pelo Congresso e pelo Executivo.
Uma das únicas boas notícias dadas pelo diretor da Aneel é que a bandeira tarifária deve permanecer verde neste ano, ou seja, sem cobrança adicional da conta de luz. A boa perspectiva também segue projetada para o ano de 2024.
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