Cidades

Startup Engenho exporta café de açaí para Alemanha, e Yara fabrica produtos com couro de peixe

Empresas com pouco tempo de existência já estão firmes no mercado, abraçando a bioeconomia amazônica


 

Douglas Lima
Editor

 

Elas desenvolvem tecnologias para produtos diferentes; uma transforma resíduo da pele de peixe em couro, a outra faz do caroço do açaí uma bebida aromática que lembra o café. As duas, adotando o segmento de startup, existentes há quase dois anos já são reconhecidas no mercado brasileiro; uma delas, até na Alemanha.

 

As empresas são a Yara Couro da Amazônia e a outra a Engenho Café de Açaí. A Yara fabrica e comercializa bolsas e produtos afins, tendo resíduo da pele de peixe como matéria-prima para o surgimento do couro. A Engenho reaproveita o caroço do açaí na produção de uma bebida aromática de alta qualidade, conhecida como ‘café de açaí’.

 

A Yara Couro da Amazônia e a Engenho Café de Açaí, com as suas produções diferentes, mas ambas alinhadas no modelo startup e abraçando a bioeconomia amazônica, estiveram representadas no fim da tarde desta terça-feira, 27, num bate-papo gostoso no programa ‘Ponto de Encontro’ (Diário FM 90,9), conduzido por Cléber Barbosa

 

Bruna Freitas falou pela Yara. Ela é a CEO ou diretora-presidente da empresa. Valda Gonçalves, por sua vez, representou a Engenho como CEA da startup, organização que ela formou junto com o marido Lázaro, durante a pandemia.

Valda contou que, reclusos em casa em 2020, por causa da covid-19, ela e Lázaro Gonçalves tiveram a ideia de fazer um experimento com caroços de açaí, transformando-os em bebida. Deu certo. Com o experimento eles produziram o que chamam café de açaí, mas que na verdade só lembra esse tradicionalíssimo produto, pois é uma bebida aromática cem por cento natural, sem glúteo nem cafeína, mas com a torra e a moagem iguais às do café.

 

Hoje, com esse pouco tempo no mercado, a Engenho Café de Açaí exporta a bebida para a Alemanha, e no Amapá está presente nos supermercados Fortaleza, Atacarejo e Atacadão, bem como na Casa do Artesão e nas panificadoras Pão da Vida e Carol. “O café de açaí faz muito bem para a saúde”, destacou a CEO Valdo Gonçalves, que teve a sua empresa como destaque no Worshop sobre financiamento de projetos a partir da Lei de Informática realizado em Macapá, semana passada.

 

Bruna Freitas informou que a Yara Couro da Amazônia existe há menos de um ano. “Transformamos o que no mercado de peixes era lixo, em matéria-prima de couro, daí termos o nome Yara, que lembra a mitologia amazônica conjugada com a água da região, rica em pescado”, festejou a diretora-presidente, reconhecendo que a empresa conseguiu evoluir os primeiros produtos em parceria com a fábrica Arrazo Couro, também amapaense.

 

A Yara Couro da Amazônia é a nova investida do Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio) coordenado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e executado pelo Instituto de Desenvolvimento da Amazônia (Idesam).

 

Valda Gonçalves e Bruna Freitas, juntas, reconheceram, no programa radiofônico, a rede de soluções oferecidas pelo Sebrae, Senai e Idesam como importantes porque abriram portas para o aprimoramento de seus negócios e até de captação de investimentos.

 

 


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