Grandes eventos no Mercado Central podem afetar estrutura da Fortaleza de São José
Argumento, levantado pelo Iphan, é discutido em reunião mediada pelo Ministério Público Federal

Na tarde desta quarta-feira, 5, no auditório do Ministério Público Federal (MPF), uma reunião tratou de medidas que podem ser tomadas para prevenir danos à Fortaleza de São José de Macapá durante a realização de shows nas proximidade daquele patrimônio histórico.
Da reunião participaram representantes do próprio Ministério Público Federal (MPF), do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Prefeitura Municipal de Macapá e do governo do estado.
Foram discutidas, também, questões de segurança pública, considerando o elevado número de pessoas esperadas nos eventos do Macapá Verão. As secretarias de cultura municipal e estadual, e a Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública, além das procuradorias do município de Macapá e do estado do Amapá também participaram da reunião conduzida pelo procurador da república, Sadi Flores, atuante no área de meio ambiente e patrimônio histórico e cultural do MPF.
Sadi informou, na ocasião, em entrevista, que o Ministério Público Federal, acionado pelo Iphan, busca intermediar diálogo do instituto com o poder público para garantir a segurança do evento, sem afetar os direitos da população, mas ao mesmo tempo também respeitar a integradade da Fortaleza de São José.
“Nós sabemos da dimensão desse evento; temos uma estimativa de público bastante considerável. Então, a nossa parte é recomendar o poder público que siga as diretrizes de uso recomendadas pelo Iphan em relação à utilização da Fortaleza, de modo que possa contemplar e também garantir a segurança de todos”.
Rodrigo Machado, do Iphan, em tom de esclarecimento, declarou que o instituto deseja eventos em torno da Fortaleza de São José de Macapá. Segundo ele, os eventos estão na documentação do tombamento da construção militar colonial, e que inclusive o monumento tem um anfiteatro justamente para realização de espetáculos com público em número apropriado.
Em razão dos eventos promovidos pelo poder público no Mercado Central atraírem milhares de pessoas, o representante do Iphan, que é arquiteto, aconselha que passem a ser realizados noutro local, porque a Fortaleza, em sua estrutura, tem determinadas delicadezas que podem não resistir ao acúmulo de pessoas.
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