Cidades

Direção do Iapen controla acesso de presos à energia elétrica

Novo pavilhão tem tomadas fora do contato dos detentos; medida impede comunicação de facções criminosas de dentro para fora do presídio, e vice-versa


 

Douglas Lima
Editor 

 

O diretor-presidente do Iapen, delegado Luiz Carlos Gomes Junior, informou no começo da noite desta quarta-feira, 12, que o grande número de celulares apreendidos de uma só vez no local é o primeiro efeito de um esquema montado para impedir a comunicação criminosa de presos com delinquentes fora do presídio.

 

O esquema foi ativar um pavilhão que há dez anos não funcionava, transferindo os presos do pavilhão f2 para lá. Nessa transferência foram descobertos e apreendidos em torno de 60 aparelhos celulares. O f2 será reformado.

 

O novo pavilhão é desprovido de acesso dos detentos à energia elétrica. Assim sendo, mesmo que novos telefones dêem entrada no Iapen, logo ficarão sem carga porque não terão tomadas para carregamento de baterias.

 

O delegado Luiz Carlos explicou no programa ‘Ponto de Encontro’ (Diário FM 90,9) que a medida foi copiada de presídios do país, que vêm dificultando o contato dos presos com a energia elétrica. A medida, no âmbito do Iapen, será expandida para outros pavilhões.

 

“Assim poderemos impedir as ações de facções criminosas lideradas por presos, porque esses líderes não poderão mais entrar em comunicação com os seus comparsas fora da penitenciária”, justificou Luiz Carlos, antecipando que outras medidas serão tomadas, com o mesmo objetivo, mas não quis antecipar.

 

Ressocialização

Na entrevista, o novo diretor da penitenciária esclareceu que as medidas adotadas visam também garantir direitos e benefícios dos apenados, como a utilização de mão de obra para produzir insumos até mesmo para as obras públicas. “O que resulta na remissão da pena, na proporção de a cada três dias de trabalho, reduz um na pena imposta pela Justiça”, explica o diretor.

 

 


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