Wellington Silva
A humanidade e a inteligência artificial

Percebo uma certa inércia nos meios de comunicação e no mundo livre sobre tema tão controverso e perturbador:
Inteligência artificial, e seus avanços tecnológicos!
Particularmente, considero uma boa, uma ótima mesmo, os avanços tecnológicos gerados para computadores, o celular, sistemas GPS de observação e de localização, a mecânica robótica à serviço da medicina, nas delicadas cirurgias, assim como a incrível capacidade de comunicação, de leitura e de armazenamento de memória que um simples celular pode dispor ao seu usuário, logo de imediato.
Agora, o que considero extremamente perturbador, perigoso, absurdo, é exatamente um dia um super cérebro artificial vir a comandar sistemas informatizados e toda a estrutura robótica de uma fábrica ou de uma empresa, por exemplo, em substituição a atividade humana.
Já imaginaram robôs e estruturas robóticas mecanizadas programadas e alinhadas a um comando único de um sistema decidirem o destino de pessoas cada vez mais alijadas daquilo que outrora fora seu ambiente de trabalho?
É justamente este deslumbramento com os avanços tecnológicos, e porque não dizer também financeiros, que podem colocar em risco o emprego e a renda de milhares de trabalhadores. Inevitavelmente, este futuro triste e sombrio, apenas com um clic, pode dar um xeque-mate no mundo do trabalho. Isso pode significar, num futuro próximo, o sepultamento destes espaços e/ou ambientes de trabalho, da inteligência e do sentimento humano, protagonizado pela máquina de inteligência artificial.
E então veremos, estarrecidos e perplexos por nossa inércia, o The Final Cut (O Ponto Final) deste longa drama metragem científico!
Todos estes cenários nos fazem lembrar o grande clássico da ficção científica, I Robot (Eu, Robô), de Isaac Asimov, lançado em 1.950.
Eu robô é um conjunto de nove contos com narrativas que relatam a evolução dos autômatos, através do tempo, onde são apresentadas as célebres Leis da Robótica. Nestas nove histórias, interligadas entre si, figuram os primeiros autômatos, incapazes de falar, e depois surgem os robôs super inteligentes, aptos a tomar decisões que podem afetar para melhor ou para pior a vida humana na Terra.
E o que dizer de A.I. Inteligência Artificial, filme produzido por Stanley Kubrick, e dirigido por Steven Spielberg, onde o ator principal é um jovem robô programado para amar, que parte em uma aventura na busca de se tornar uma criança de verdade e encontrar uma família, sendo no final resgato por inteligências superiores, de outro planeta, após o apocalipse, como memória viva do que restou de bom do sentimento humano?
Mas, dentro deste ponto final fico com os cenários surrealistas do nosso genial artista plástico tucuju Ivan Amanajás, ele que de muito já vem retratando e alertando em suas telas sobre este futuro sombrio e assustador!
A imagem deste artigo é justamente a visão plástica de Ivan Amanajás sobre o futuro, um futuro perturbador onde o artificialismo da máquina domina a cena!
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