Polícia

PF combate fraude em benefícios do seguro-desemprego

Operação aconteceu, simultaneamente, em cinco estados brasileiros


A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira, 4, a Operação RedeX, com o intuito de coibir fraudes de obtenção e recebimento do seguro-desemprego, que é um benefício pago pelo governo federal, cuja finalidade é garantir assistência financeira temporária ao trabalhador dispensado involuntariamente.

 

Policiais federais deram cumprimento a 21 mandados judiciais expedidos pela 5ª Vara Federal Criminal de Goiânia, sendo sete mandados de prisão preventiva, um mandado de prisão temporária e 13 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Jataí, em Goiás, Cuiabá e Sinop, em Mato Grosso, Macapá, no Amapá, Parauapebas e Redenção, no Pará, e São Luís, no Maranhão.
As investigações tiveram início em outubro de 2022, depois que a área de inteligência trabalhista do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) identificou a liberação irregular de inúmeros benefícios do seguro-desemprego, com a participação de servidores públicos e pessoas localizadas em diversas unidades da federação.
O modo de agir do grupo criminoso consistia no recrutamento de servidores públicos vinculados ao Sistema Nacional de Emprego (Sin), com promessa e pagamento de vantagens indevidas (propina), para que esses agentes públicos inserissem informações falsas no sistema do Ministério do Trabalho e Emprego ou emprestassem suas senhas para que outras pessoas o fizessem. A partir daí, parcelas indevidas do seguro-desemprego eram pagas a interpostas pessoas (laranjas), que repassavam parte do valor recebido indevidamente aos orquestradores do esquema criminoso.

 

Durante a investigação, foram confirmados até o presente momento 12 mil requerimentos de seguro-desemprego fraudados, acarretando um prejuízo de R$ 11.900.111,12 aos cofres públicos.

Estima-se que o prejuízo evitado, com a neutralização da atividade criminosa seja de mais 7,2 milhões de reais.

Os crimes sob apuração são os de estelionato, corrupção ativa, inserção de dados falsos em sistema de informações e associação criminosa (ou organização criminosa).

O nome da operação (Rede) faz referência à cidade paraense Redenção, local de moradia da maioria dos investigados. Xis (X) se refere à capacidade de multiplicação das fraudes, em prejuízo aos cofres públicos.

 

 


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