Pescadores buscam parcelas adicionais do seguro defeso por causa da seca de rios
Três mil e trezentos profissionais do setor estão sendo diretamente afetados por problema provocado pela estiagem
Douglas Lima
Editor
Os pescadores do Amapá se movimentam para a obtenção do direito de receber, antecipadamente, o defeso, que começa em novembro.
A movimentação, encabeçada pela Federação da Pesca do Amapá, é decorrente da estiagem que vem ocasionando secas nos rios do estado, em alguns chegando ao extremo de provocar grande mortandade de peixes.
O presidente da federação, Leidinaldo Gama, na manhã desta quarta-feira, 18, no programa ‘LuizMeloEntrevista’ (Diário FM 90,9), informou que no estado há 12.521 pescadores, 3.300 deles diretamente afetados pelo problema da seca que atinge principalmente rios de Tartarugalzinho, Amapá, Ferreira Gomes, Pracuuba, Itaubal e Mazagão.
A mortandade, no entanto, até agora tem ocorrido somente no município de Amapá, onde oitocentos pescadores estão à beira da míngua. Também houve algumas ocorrências de morte de peixes em Tartarugalzinho. Até jacarés estão morrendo por causa de seca.
Leidinaldo Gama lembrou que a estiagem deste ano começou a impactar na vida dos pescadores, em setembro, devendo manter o ritmo até fins de novembro. “Nossa esperança é de que em dezembro comecem a cair as chuvas”, disse o presidente da Federação da Pesca, anotando que o defeso vai até ao fim de fevereiro.
No programa, Leidinaldo registrou que pescadores dos estados do Amazonas, Rondônia e Acre já conseguiram a garantia de duas parcelas adicionais do seguro defeso, em razão dos problemas que enfrentam com a estiagem em situações parecidas com as do Amapá.
“Em busca de duas parcelas adicionais do defeso, estamos procurando apoio da Associação dos Municípios e da Superintendência do Ministério da Pesca no Amapá, bem como das prefeituras. A Prefeitura de Tartarugalzinho já se manifestou favorável”, informou o presidente da Federação da Pesca.
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