Cidades

“Transmissor da doença de chagas se adaptou muito bem na região amazônica”, diz cardiologista Ana Chucre

No passado, doença de chagas era endêmica na região Centro-Sul, agora está no Norte; incidência da enfermidade é relacionada à falta de higienização adequada em frutos


 

Wallace Fonseca
Estagiário

 

Para a cardiologista Ana Chucre, o inseto barbeiro, transmissor da doença de chagas, se adaptou bem à região amazônica. A conclusão, segundo ela, veio através do aumento do número de casos da enfermidade que, entre outros males, afeta o desempenho do coração.

 

Em entrevista exclusiva ao programa ‘LuizMeloEntrevista’ (Diário FM 90,9) desta quinta-feira, 16, a cardiologista Ana disse que na região amazônica os casos de doenças no coração relacionadas à doença de chagas não são baixos, o fato se dá, principalmente pela falta de higienização adequada do açaí.

 

A cardiologista reforça que não é o fruto que causa a doença, mas sim as fezes do inseto barbeiro, que é hospedeiro do parasita trypanosoma cruzi.

 

Ana ressaltou que o ser parasitório não infecta exclusivamente o açaí, podendo ser encontrado também em outras frutas da região, como goiaba e manga, além de poder estar presente no alface.

 

Ana disse que os primeiros sintomas da doença de chagas são febre e mal-estar, porém, a enfermidade pode escalonar para inchaços e problemas cardíacos, podendo, inclusive, levar o acometido a óbito.

 

A doutora concluiu recomendando aos que apresentam os primeiros sintomas da doença que procurem um médico infectologista, e aos comerciantes de açaí, que sigam o protocolo da vigilância sanitária para o melhor manejo e higienização do fruto.

 


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