Cidades

Amazônia Oriental apresenta taxa de diabéticos acima da média nacional, diz especialista

“Em Belém e Macapá, de 10% a 11% da população está obesa ou com sobrepeso, muitos desses, diabéticos ou pré-diabéticos”, informa endocrinologista e metabologista Adivaldo Vitor Barros


 

Wallace Fonseca
Estagiário

 

No dia 14 de novembro é celebrado o ‘Dia Mundial do Diabetes’, desde 1991, pela Federação Internacional da Diabetes (IDF) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com intuito de reforçar a conscientização a respeito da doença e da importância de sua prevenção.

 

Trazendo mais informações acerca da síndrome metabólica, o endocrinologista e metabologista Adivaldo Vitor Barros falou, entre outras coisas, de alternativas de prevenção e tratamento da doença, durante entrevista ao programa ‘LuizMeloEntrevista’ (Diário FM 90,9) desta terça-feira,14.

 

“O excesso de peso, pressão alta, níveis altos de gordura no sangue e consequentemente a glicose acabam aumentando e a taxa de açúcar no sangue se eleva. É importante que as pessoas façam o exame de prevenção, pelo menos anualmente, o que pode ajudar no rastreamento e diagnóstico precoce”, informa Adivaldo.

 

O doutor também falou que pessoas acima dos 35 anos com histórico familiar têm mais propensão a diabetes, além de ressaltar a importância da atividade física na prevenção da doença. “Caminhar, andar de bicicleta, dança de salão, tem que agitar o esqueleto”, informou o especialista.

 

 

Sobre números de casos que englobam a região do Amapá, o Adivaldo lamenta: “A região da Amazônia Oriental apresenta taxa de diabéticos acima da média nacional. Em Belém e Macapá de 10% a 11% da população está obesa ou com sobrepeso, muitos desses diabéticos ou pré-diabéticos”.

 

Entre os principais danos à saúde causados pela síndrome metabólica, salientados pelo sedentarismo, o Dr. Adivaldo alerta: “A taxa de mortalidade é maior em obesos; maiores casos de ataque cardíaco, morte súbita; números de câncer de mama e colo do útero são maiores em diabéticos”.

 

“O problema não é o carboidrato, esse é a energia que move nossa bateria central, os músculos nossos e cérebro, a glicose e açúcar; os carboidratos industrializados são o problema, açúcar branco tem impacto negativo na população”, disse o doutor Adivaldo, sobre o cortar bruscamente o consumo de açúcar.

 

Entre as alternativas para a substituição do açúcar branco, o especialista informa que a população deve estar atenta à composição dos demais adoçantes: “Os naturais são mais seguros, como os que contém frutose; a sacarina, que é sal, retém líquido, aumenta pressão,  portanto faz mal para obesos. Tudo que for menos industrializado possível, é melhor. Temos que nos cuidar, consumir o mínimo de carboidrato ultraprocessado”.

 


Deixe seu comentário


Publicidade