Cidades

Dia da Tolerância: “O mundo ainda é um lugar muito violento”, diz professor Daniel Chaves

Segundo o doutor em história, conflito entre Israel e Hamas é um retrocesso na busca da paz no Oriente Médio


 

Wallace Fonseca
Estagiário

 

No Dia Internacional da Tolerância, o professor da Unifap e doutor em história comparada, Daniel Chaves, falou, entre outras coisas, da origem da data e exemplificou como a falta do que é celebrado nesta ocasião culmina em conflito, como o atual entre Israel e Hamas. “Essa guerra é um retrocesso no avanço da paz no Oriente Médio”, constatou o professor.

 

Dando início, no programa de rádio Daniel Chaves falou da origem da data mundial da tolerância, que surgiu para “trazer a paz” no período pós-guerra fria, na metade dos anos 90.

 

Segundo lamentou o professor, “o mundo ainda é um lugar muito violento”, relembrando os conflitos seguintes ao embate ideológico e medo de conflitos nucleares.

 

Para Daniel, o que deveria ser um momento de paz, o fim da guerra fria e a queda da URSS, foi na verdade sucedido por conflitos no continente africano e na escalada de grupos terroristas, que culminou no atentado de 11 de setembro de 2001.

 

Acerca do conflito que segue em curso no Oriente Médio, o doutor em história comparada destacou que o embate bélico, alimentado pela intolerância, pode ser dividido em dois momentos, o primeiro é a “agressão do Hamas”, com a série de atentados contra e Israel, e o segundo seria a “resposta massiva” da nação atacada, com o bombardeio da faixa de Gaza.

 

Sobre a possibilidade de uma intervenção da Organização das Nações Unidas, a ONU, Daniel informou que o Conselho de Segurança, o “único com poder de resolução”, só pode atuar se houver o consenso de todos os atores.

 

“Se um tirar o apoio o Conselho não intervém ou é pouco provável que intervenha. A ONU se mantém na posição que lhe cabe legalmente e sugere cessar-fogo, que pode gerar a trégua; ninguém quer a guerra”.

 

Falando do papel diplomático brasileiro, o professor Daniel destacou: “O Brasil tem uma atuação técnica que preza principalmente pela paz internacional, cooperação e bom relacionamento com os dois lados do conflito”.

 


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