Cidades

Conselheiras tutelares esclarecem atribuições do órgão

Huelma Medeiros e Jessica Lima falam sobre papel do Conselho Tutelar, números de atendimentos e erotização de crianças em redes sociais, entre outros assuntos


 

Wallace Fonseca
Estagiário

 

A função básica do Conselho Tutelar é garantir que os direitos da criança e do adolescente não sejam violados ou ameaçados. “Um papel crucial para a sociedade”, como informou a conselheira Jessica Lima, que atua na zona norte de Macapá, no programa ‘LuizMeloEntrevista’ (Diário do Amapá 90,9).

 

Somos guardiões desses direitos; temos esse olhar. Não importa onde a gente esteja, trabalhamos no âmbito municipal, mas as crianças e adolescentes de todo o estado são nossa prioridade”, complementou Jéssica.

 

 

A conselheira também disse que é importante manter a atenção sobre os pequenos, certificando-se de que eles estão em um ambiente favorável e sem violação de direitos. “Quando percebemos algo errado, entramos em ação exercendo nosso papel”, pontuou.

 

Huelma Medeiros, que atua como conselheira na zona sul, e também falou no ‘LuizMeloEntrevista’, destacou que o cuidado se dá desde o período de gestação, “desde a hora que a criança é gerada no ventre, na questão do acompanhamento do prenatal, até aos 18 anos, e excepcionalmente até aos 21, em casos de atos infracionais”.

 

Sobre números de atendimentos, as conselheiras informaram que são três os conselhos tutelares em Macapá – nas zonas norte, sul e oeste.

 

Em 2023 nós tivemos cerca de 1800 atendimentos na zona sul, então a estatística de atendimento e orientação é individualizada”, informou Huelma. “Na zona norte, que é uma demanda grande, que atende mais de 30 bairros, fica nessa faixa também, de mil atendimentos para mais; os levantamentos são feitos de forma trimestral”, informou completou Jéssica.

 

Acerca da presença dos pequenos no mundo digital, Huelma salienta que “criança tem que ser criança”, e que a prioridade dos pais é zelar pelos filhos. “Os momentos não podem ser antecipados, então quando você começa a erotizar e deixá-los ter mais acesso a estes comportamentos, você os coloca em risco; pedimos aos pais que entendam as fases da criança e que o celular deve ser vigiado, pois é através dele que a criança fica vulnerável a qualquer tipo de assédio”, alertou a conselheira.

 

Sobre o período carnavalesco que se aproxima, as conselheiras falaram em “prevenção”, e pontuaram que os pais têm o direito de aproveitar o carnaval, porém garantindo que as crianças estejam seguras.

 

 

Quando há esses eventos, os pais expõem as crianças ao risco, se acontecer algo com eles você será responsabilizado legalmente”, disse Huelma. A conselheira ainda falou que ambientes com bebidas alcoólicas, músicas vulgares e no período noturnos não são apropriadas para crianças.

Para facilitar maiores transtornos durantes os eventos festivos, as conselheiras informam que é importante a criação de crachás para os pequenos com nome deles e contato dos pais ou responsáveis. “Caso a criança se perca durante o evento, ela poderá ser identificada”, falou Huelma.

 

Nós, como rede de proteção, sempre buscamos nos colocar à disposição e atuar na fiscalização; nossa presença é importante, mas não para intimidar ou fazer julgamentos, mas por essa questão de mostrar que o Conselho Tutelar está presente para fazer um bom trabalho”, declarou Jéssica.

Acerca do ‘acolhimento’ oferecido pelo conselhos tutelares, Huelma informa que não é necessário levar as crianças para um abrigo. “O acolhimento é a maneira que você está sendo atendido, os profissionais que vão te direcionar a criança ou a família para o atendimento necessário quando identificado o direito violado, este é o acolhimento, humanizado”, concluiu.

 


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