Presidente do CRM-AP alerta sobre anúncios de procedimentos cirúrgicos pela internet
Eduardo Monteiro aconselha busca de histórico de profissionais antes da submissão à cirurgia

Douglas Lima
Editor
A morte da cantora Dani Li, após procedimento cirúrgico mal sucedido, dia 26 passado, em Pinhais (PR), levantou a pauta da importância da capacitação dos profissionais que realizam cirurgias.
Acerca do assunto, Eduardo Monteiro, presidente do Conselho Regional de Medicina do Amapá, falou no programa ‘LuizMeloEntrevista’ (Diário FM 90,9) desta quinta-feira, 1 de fevereiro.
“Orientamos sempre que a pessoa que vai se submeter a algum procedimento ponha o nome do profissional no site do CRM de onde o procedimento vai ser feito, e ver se esse médico está qualificado. Isso é muito importante; o site é público e de livre acesso da população”, informou Eduardo.
No caso de erros médicos, como o que vitimou Dani Li, Eduardo observou que o ocorrido será apurado pelo CRM do Paraná. “Quando chega denúncia no conselho de procedimento mal sucedido, esse profissional é passivo de investigação. Nesses casos, um corregedor solicita um prontuário médico, que é investigado, para ver se há indícios de erro”, explicou.
Sobre o anúncio de procedimentos por meio de aplicativos de conversa, Eduardo salientou que a prática não é ilegal, desde que o médico esteja apto à realização da que é oferecido.
“O profissional pode anunciar os procedimentos nos quais ele é especialista. Não pode gerar uma situação que possa ludibriar as pessoas que o procuram, não pode oferecer o que ele não pode fazer”, complementou Eduardo.
O presidente afirma que o responsável pelo procedimento cirúrgico pode responder legalmente, e após a investigação do CRM, caso comprovado erro médico, o profissional pode perder sua licença. “Acontece uma situação administrativa e outra na Polícia Civil, são geralmente dois processos”, informou Eduardo.
“No caso da cantora, o advogado precisa saber se há denúncia no Conselho do Paraná ou feito no Judiciário. Isso precisa ser descoberto”, alertou.
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