Adriana Oliveira, 72 anos, cola grau em psicologia e fala de nova etapa da vida
Mestre e doutora em comunicação social com 40 anos de magistério, e agora psicóloga, relembra sua trajetória

Wallace Fonseca
Estagiário
Após 40 anos atuando para formação de futuros comunicadores, a mestra e doutora Adriana Oliveira agora começa uma nova etapa de sua vida. A educadora se graduou em psicologia, na última quarta-feira, dia 29, aos 72 anos de idade.
“Foram 40 anos nesta questão de formar pensamentos, ajudar as pessoas a se construírem como seres pensantes”, testemunhou a estudiosa, na manhã desta quinta-feira, 29, no programa ‘LuizMeloEntrevista’ (Diário FM 90,9).
Adriana falou de sua trajetória como mestre e comunicadora, além de informar os tópicos que serão abordados por ela em seu novo ofício, como psicóloga.
“Depois de aposentada resolvi continuar, agora tratando de uma vida mais leve. Quem foi que disse que temos que ser infelizes, velhos? Quem disse que não devemos trabalhar com nossas perdas? São muitas perguntas”, argumentou.
Acerca de sua atuação na área da psicologia, a septuagenária já tem seus direcionamentos. No rádio, provocou que a internet tem atuado de forma poderosa em dois pontos opostos.
A comunicadora observou que a rede mundial de computadores tem contribuído positivamente para o avanço da medicina, mas também fortalece o sentimento de isolamento enfrentado pelos jovens.
“Na comunicação, a rede isolou as pessoas. Estamos criando problemas sérios. Nós paramos de nos comunicar. A individualidade está nos deixando mais quietos e trancados num quarto com uma tela”, lamentou Adriana.
“Vou trabalhar com idade, mas não no sentido de velhice, doença ou desvalia. É sobre valorizar o tempo vivido, trabalhar perdas, lutos, desemprego, desligamentos. Encontrar uma nova vida, falar sobre sexo como adulto, sem mimimi, preconceitos ou tabus”, declarou a comunicadora.
A respeito de sua jornada como comunicadora, Adriana lembrou que durante sua infância se apaixonou pela área, através do convívio com seu pai, que era radioamador.
“Criei-me junto com ele. Eu achava a questão de se comunicar com o mundo, fantástica. Comecei a desenvolver o interesse de ir para área de comunicação”, relatou a professora.
“Fiquei 40 anos dando aulas em universidades. Quem me conhece sabe da alegria que tenho de viver e construir coisas importantes. Temos uma missão na vida: ajudar, ser feliz e fazer coisas boas”, concluiu.
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