Cidades

Caminhada foca em crianças com transtorno do espectro autista

Organizada por especialistas, ação visa promover conhecimentos dos direitos e deveres dos enquadrados no TEA


 

Douglas Lima
Editor

 

Para abril é dedicada a cor azul, referente ao Mês de Conscientização sobre o Autismo. Sobre a temática, o programa Ponto de Encontro (Diário FM 90,9) ouviu as especialistas Rosiane Távora, psicologa; Luciene Hidaka, fonoaudióloga; e Rafaela Carvalho, pedagoga. Na conversa, as profissionais falaram sobre o TEA e deram informações sobre como o transtorno afeta o comportamento dos pequenos.

 

Além de falar de comportamento, as profissionais, que pertecem ao Grupo Evoluir, aproveitaram o espaço para falar do evento voltado também para a saúde do pequenos, a ‘III Caminhada do Autismo – Capacidades Diferentes, Possibilidades Infinitas’, prevista para as 16h do dia 6 de abril, na matriz do Grupo Evoluir, saindo do bairro Santa Inês até ao Mercado Central. A andança vai reunir empreendedorismo, brincadeiras para crianças e sorteios

 

“Os patrocinadores que tiverem interesse é só entrar em contato, é importante lutar, levar conhecimento, deixar claras as leis, direitos e deveres da população quanto ao transtorno do espectro autista. É Caminhada saudável, com brincadeiras; vamos divertir as crianças, fim de tarde”, informaram as especialistas.

 

Também durante a conversa, as três falaram da importância do reforço terapêutico, que é oferecido para crianças com TEA e que têm dificuldade de apreensividade, e que devido à rotina dos pais, acabam não podendo receber a atenção devida para sanar os possíveis atrasos no saber.

 

E sobre a rotina de volta às aulas, as especialistas falaram da “resistência a ir para a escola”, que segundo ela uma das possíveis causas é a “quebra de rotina”, uma vez que os pequenos estão acostumados em ficar em casa. Acerca disto, elas aconselham que antes do início do período escolar os pais levem os pequenos para conhecer os espaços da escola, assim como os profissionais da instituição.

A fonoaudióloga Luciene Hidaka falou do seu trabalho, que é focado na habilidade de linguagem e falou da importância em  dar continuidade nas terapias de linguagem e fala. Hidaka pontuou que a troca de fonemas, comum em crianças com TEA, também afeta crianças típicas, “Não é só do transtorno do espectro autista, mas ele pode vir associado também”, pontuou.

Rosiane falou que é preciso trabalhar a regulação íntima e emocional, saber quais as dificuldades ou medos das crianças. “Os pais precisam ensinar as emoções para esclarecer esse medo, para ajudar a ambientação da escola. A gente deve levar as crianças para conhecer os ambientes. Os pequenos são transparentes, ou eles querem, ou eles não querem”, disse.

Rafaela, da área da pedagogia, complementando falou que quando crianças criam afetividade com professoras, a forma de ensinar se torna mais prazerosa e afetiva. Rafaela disse também que por vezes a criança não gosta de uma disciplina, e por conta disso, acaba não gostando do professor. “É preciso ter uma forma certa para ensinar a criança”, concluiu.

 

 


Deixe seu comentário


Publicidade