Cidades

Mulheres da Polícia Militar falam da profissão em programa de rádio

Além de atuar na força de segurança, grupo feminal da PM divide serviço com outros afazeres; agentes também tiram dúvidas acerca do trabalho na força da lei


 

Wallace Fonseca
Estagiário

 

Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, o programa ‘LuizMeloEntrevista’ (Diário FM 90,9) recebeu mulheres atuantes na Polícia Militar do Estado do Amapá. As soldados Valéria e Pabla, subtenente Waldenora e a tenente Ennara falaram de sua rotina de trabalho e dos desafios de conciliar o ofício com suas outras formações.

 

“Todas as mulheres têm uma grande força, mas nós temos que ter um gás a mais, pela demanda do serviço. É preciso manter a disciplina, é uma rotina difícil. Além da carreira policial, atuo como professora. Tem a questão da postura para lidar com bandidos masculinos; dentro do curso operacional, o feminino tem uma carga maior”, informou Pabla.

 

 

Waldenora, acerca da rotina do cargo, falou que são muitos enfrentamentos: “Tem a questão familiar, o medo, mas somos treinadas para isso. Temos a técnica para fazer a segurança da sociedade”, complementou.

 

 

A tenente Ennara, que é pneumologista e atua na Diretoria de Saúde da Polícia Militar, falou o seguinte: “Sou médica, sou PM. O curso foi um aprendizado, é sugado, precisa de uma dedicação importante. Existe uma carga física e emocional; encarei o desafio, atuo também em outros serviços. Já estive em operação no Iapen; continuo com o Bope”.

 

 

A soldado Valéria falou sobre sua rotina na segurança pública e como seus familiares lidam com a situação: “a farda, mas a preocupação é a mesma. Tem os conselhos da mãe, mas ela aceita, diz que vai orar por mim; são situações complexas e uma certa resistência, mas a família entende e acompanha”, declarou. Ela também é formada em cinotecnia, portanto, capacitada para atuar com o manejo dos cães da corporação. “Onde não enxergamos, o faro do cão nos mostra”, disse.

 

Tira-dúvidas

As policiais aproveitaram o programa de rádio para sanar algumas dúvidas sobre a corporação, como, por exemplo, em caso de mulheres abordadas, a revista deve ser feita por uma agente feminina. “Homens não abordam mulheres, só em casos extremos”, salientou a tenente Ennara. Acerca do curso preparatório para ingressar na instituição, as policias informaram que “a formação é a mesma para todo mundo, não tem alívio, o curso é igual”.

 

Sobre as situações delicadas enfrentadas pelas policiais, Ennara informou que há abalo por partes delas: “Ver as crianças jogadas, a gente se sensibiliza, mas tem que manter a postura”. “Atuei como legista na Politec. Há casos de estupro, crianças e mulheres adultas”, complementou a tenente Ennara.

 

Acerca da postura mantida nos momentos fora de serviço, as policiais falaram que existem padrões de comportamento a ser seguidos, como não frequentar determinados locais em certos horários, não sair de casa fardada e evitar expor a vida privada nas redes sociais, a fim de salvaguardar os familiares.

 


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