Presidente da Companhia Docas de Santana quer inclusão de Píer 3 no Novo PAC
Edival Tork prevê maior demanda para atracagem de grandes embarcações e afirma que situação atual impossibilita aumento do transporte de commodities

Douglas Lima
Editor
Segundo o presidente da Companhia Docas de Santana, Edival Tork, o Porto de Santana é de suma importância para o transporte de commodities, sobretudo no segmento da soja. Contudo, o presidente prevê que, se a parte da infraestrutura continuar como está, num futuro próximo a movimentação não poderá ser maior.
“A gente sente essa necessidade; estamos hoje com cerca de 95% de nossa capacidade usada, ou seja, daqui a um ano vamos estar totalmente impossibilitados de aumentar a movimentação”, disse Edival Tork, em fala ao programa ‘Ponto de Encontro’ (Diário FM 90,9).
“Tivemos semana passada a possibilidade de uma audiência com o ministro de portos Silvio Costa Filho e com o secretário dos portos Alex Avila. Nesse encontro junto com o vice-governador foi falado do TUP privado que está parado desde 2013 e nós aproveitamos para falar do nosso porto público, que é federal, e é administrado pela companhia municipal”, informou Edival.
O presidente falou que na ocasião foram expostas duas necessidades básicas: a primeira é trabalhar com urgência a questão do Píer 3, que é prioridade; e a retroárea próxima ao Porto de Santana, que deve ser anexada com a possibilidade de arrendamento. “Esperamos que seja tomada uma decisão no TS1, ganhamos na primeira instância e eles recorreram, e agora aguardamos a decisão”, falou Tork.
Sobre os investimentos, Tork falou dos que já estão previstos nas próximas licitações: “Já tivemos em 2021 uma licitação ganha pela Caramuru, que trabalha com farelo de soja e houve o investimento de aproximadamente 45 milhões na construção de silos. Eles têm a obrigação de trocar os Shiploaders, que fazem os carregamentos dos navios, e vamos entrar com os mais modernos, que têm o triplo da capacidade de carregamento”, declarou Edival.
A próxima licitação deve ocorrer em novembro deste ano, é na área onde a Cianport hoje tem contrato de seis meses que deve ser renovado duas vezes por ano. Nesta licitação está prevista a ampliação do Píer 1 para 230 metros para dar suporte de navios maiores e dragagem de aprofundamento para 13,30 metros, atualmente é de 11,80 metros. “Dará completa condição para o Panamax atracar”, informou Tork.
Píer 3
Edival afirma que tem “batalhado muito” a questão do Píer 3 junto ao governo federal, e almeja que para a próxima reunião com o secretário dos portos, que será no próximo dia 4, seja apresentado o projeto para construção do novo ponto de atracagem: “É um dos grandes problemas nossos; não temos o projeto. Vamos atrás para ainda esse ano incluir a construção do Píer 3 nesse novo PAC”, disse o presidente.
“Vemos com grandes perspectivas o nosso porto contribuir para a movimentação de commodities, agrícolas principalmente. Quando houver produção local de maior monta, daqui a dois anos, teremos dificuldade de movimentação. Até lá nosso píer vai estar totalmente ocupado”, concluiu Edival.
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