Brasil está atrasado em prevenção de acidentes, alerta especialista

 

Douglas Lima
Editor

 

Firmo Leite, socorrista formado pelas Forças Armadas e com diversos cursos complementares de preparo, alerta que no que se refere à prevenção de acidentes o Brasil ainda está “engatinhando” em relação a países europeus. Ele falou durante entrevista ao programa Ponto de Encontro (Diário FM 90,9) desta quarta-feira, 22.

 

Embora Firmo tenha aberto sua fala com dados negativos, o socorrista complementou dizendo que o cenário da prevenção de acidentes, que ainda não é o ideal, vem melhorando com o passar dos anos. Além de países do Velho Mundo, o especialista citou o Japão e os Estados Unidos como nações com um melhor preparo na área.

“Aqui vemos a maioria dos políticos esperar que um acidente aconteça para criar uma lei”, lamentou Firmo, antes de citar a tragédia na boate Kiss, em 2013, em Santa Maria (RS). Segundo o socorrista, a ‘Lei Kiss’ foi criada após o incidente como uma lei de segurança contra incêndios no Brasil. “Não é unificada, cada estado tem uma normativa, o que de certa forma é correto, mas deveria existir uma norma integrada brasileira”, disse.

 

Outro alerta levantado por Firmo foi que no Brasil não só os agentes de prevenção a acidentes ou de atendimento de urgência carecem de preparo. Segundo ele, a população também tem peso nos dados negativos: “Não se tem a cultura de abrir caminho quando a ambulância passa com a sirene ligada”, atentou.

 

Finalizando a conversa no programa de rádio, Firmo esclareceu uma dúvida comum e falou da diferença entre o bombeiro militar e o bombeiro civil (comumente visto em shoppings): “O civil é um profissional treinado e capacitado para trabalhar na prevenção e combate inicial do incêndio, já o militar tem preparo para atuar em grandes edificações, carro bomba, escada magirus. Dentro da corporação ele tem curso de combate a incêndio urbano e florestal”, concluiu.

 

 

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