Esportes

Seleção amapaense de goalball se prepara para seletiva regional, em Goiânia

Campeonato Regional Centro-Norte acontece entre os dias 1° e 6 de julho


 

A seleção amapaense de goalball se prepara para a seletiva Regional Centro-Norte, em Goiânia. Os paratletas vão disputar a eliminatória que acontece entre os dias 1° e 6 de julho, com oportunidade de conseguir uma vaga no Campeonato Brasileiro.

 

O treinamento acontece todos os dias na quadra poliesportiva da Universidade Estadual do Amapá (Ueap), sendo coordenado pela Secretaria de Estado de Desporto e Lazer (Sedel). A iniciativa faz parte do Plano de Governo da gestão, que consiste em apoiar paratletas em disputas nacionais e internacionais.

 

O competidor Édson Coelho, de 30 anos, é de Laranjal do Jari e deficiente visual há mais de uma década. Ele conheceu o esporte em 2019, após ingressar na Universidade Federal do Amapá (Unifap).

 

 

“Após eu ficar cego, minha rotina era muito pacata, ficava apenas dentro de casa, isolado, mas após conhecer o goalball, eu consegui desenvolver minhas habilidades de interação social e o trabalho em equipe. Fico muito feliz em poder representar o meu estado em um esporte paralímpico, conto os dias para ter essa adrenalina boa e que nossa equipe ama”, destacou Édson.

 

Quem também faz parte da seleção é Cirley Souza, que disputa na categoria B2. Ele conheceu o goalball em 2020, no Instituto Federal do Amapá (Ifap), chegando a disputar os Jogos Universitários no mesmo ano.

 

“Estamos hoje na luta, com muita força e garra. Sabemos que não é fácil a inclusão das pessoas deficientes no esporte, mas nós estamos quebrando barreiras. Nossa preparação nunca esteve tão boa quanto agora, e diariamente treinamos para poder colocar o nome do Amapá no topo”, ressaltou Cirley, animado.

 

O Regional Centro-Norte de Goalball é realizado pela Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais. A modalidade, praticada desde 2012 no estado, é destinada para pessoas com deficiência visual.

 

“Nós temos que difundir os esportes paralímpicos por todo o estado, levar todo e qualquer tipo de modalidades para que as pessoas com deficiência possam ser incluídas na sociedade, dando oportunidade de interação para eles”, ressaltou o coordenador do Setor Paralímpico da Sedel, Rodrigo Ikegami.

 

Goalball

Ao contrário de outras modalidades paralímpicas, o goalball foi desenvolvido exclusivamente para pessoas com deficiência visual. A quadra tem as mesmas dimensões das de vôlei, e as partidas são realizadas em dois tempos de 12 minutos, com três minutos de intervalo. Cada equipe conta com três jogadores titulares e três reservas.

 

A bola tem um guizo em seu interior para que os jogadores saibam sua direção. O goalball é um esporte baseado nas percepções tátil e auditiva, por isso, não pode haver barulho no ginásio durante a partida, exceto nas paradas oficiais e no momento entre o gol e o reinício do jogo.

 

Classe

Nesta modalidade, os atletas com deficiência visual das classes B1, B2 e B3, competem juntos. Todas as classificações são realizadas por meio da mensuração do melhor olho e da possibilidade máxima de correção do problema. Todos os competidores utilizam uma venda durante as competições para que possam competir em condições de igualdade. As categorias são:

  • B1 – Cegos totais ou com percepção de luz, mas sem reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância
  • B2 – Atletas com percepção de vultos
  • B3 – Atletas que conseguem definir imagens

 


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