Wellington Silva

Necessidades elementares para a defesa do Brasil e Amazônia


 

A absurda situação de agressão que a Amazônia, o Pantanal e demais áreas protegidas vem ultimamente sofrendo com queimadas, atividades predadoras de garimpo clandestino e desertificação de florestas e de rios, na verdade, revela o elevado grau de irresponsabilidade humana com a nossa Grande Casa, a Mãe Natureza, a Mãe Terra!

A total falta de ação ou de planejamento estratégico, ou mesmo descaso proposital do governo anterior, somada a falta de recursos e de apoio logístico ao Ibama, Funai e Casai, órgãos encarregados em prestar serviços de apoio e de proteção à saúde e a vida das comunidades indígenas em nossa chamada Amazônia Legal, deixa uma pergunta óbvia e inequívoca:

Porque!?

Na medida em que muita coisa vai sendo apurada pelos órgãos de fiscalização e imprensa aos poucos transparece e se revela os velados acordos de leniência ou de conveniência política com as atividades predadoras ilegais.

Claramente nos parece que o céu não é o limite para a lucratividade às custas da desgraça do meio ambiente e das comunidades indígenas, por exemplo.

Quando se trata de uma efetiva ação em espaço aéreo Amazônico, no Pantanal ou em terras indígenas, aí meu camarada é que as velhas carências gritam desesperadamente:

Bases, aviões, helicópteros, barcos, lanchas, navios patrulha e suficientes efetivos humanos de combate ao ilícito e para atividades de saúde, eis o grande cenário de carências…

Penso, com toda certeza, que diante de tantas tragédias absurdas já ocorridas em solo Yanomami e em outras terras indígenas, somadas as queimadas, desertificação de florestas e de rios, e catástrofes ambientais, em nada custaria à boa diplomacia brasileira solicitar apoio dos Estados Unidos da América ou de outros países ricos para realizarem doação de aeronaves tipo o excelente avião de pouso vertical V-22 Osprey, da Boeing, aeronave multifunção, de longo alcance, de pouso e decolagem vertical para curto terreno. Sua excelente capacidade de deslocamento e de carga, na minha avaliação pessoal, é muito mais capaz de suprir urgentes necessidades de ajuda humanitária, de deslocamento de pessoal e de defesa do que um helicóptero convencional. O Osprey é capaz de levar 24 pessoas sentadas ou 32 no piso, além de 1 veículo de transporte. Possui uma velocidade máxima de 565 km/h e uma velocidade de cruzeiro de 446 km/h. Pode atingir um teto máximo de 7.620 metros. Pode ser armado com canhões M 240, uma M2 Browing ponto 50, e GAU-17 Minigum.

Se os Estados Unidos da América e demais países ricos apoiam Israel com unidades de defesa porque então não podem apoiar o Brasil com a doação de aeronaves para a defesa e proteção da Amazônia, mundialmente classificada como o pulmão do mundo?

Outra excelente aeronave que já comprovou grande eficácia na Amazônia e conquistou lugar de destaque na história da aviação mundial é justamente o helicóptero militar americano multiuso Black Hawk, o falcão negro, um dos mais produzidos de todos os tempos. A incrível capacidade do Falcão Negro em se adaptar a uma ampla variedade de missões o transformaram numa ferramenta fundamental para operações militares e de socorro.

Já imaginaram estas aeronaves em boas mãos atuando para o grupo de elite de fiscalização do Ibama ou em atividades humanitárias e de saúde na Amazônia?

Os mais antigos devem ter saudades do bravo guerreiro hidroavião Catalina, de fabricação americana, que tantos bons serviços prestou às diversas comunidades amazônicas levando assistência e saúde às regiões mais distantes. Quantas vidas não foram salvas pelos aviões Catalina?

Muito mais do que velhos discursos “patriotas” é fundamental, hoje, repensar a defesa do Brasil e da Amazônia através de parcerias focadas em ações imediatas e efetivas para que a nossa tão rica e imensa região não vire uma terra sem lei sob domínio de aventureiros predadores.

 

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