Subcomandante da PM explica dados sobre diminuição de crimes violentos no Amapá
Coronel Carlos Augusto garante que números são positivos, mas que, quando se trata de percentualidade por número de habitantes, o Amapá acaba sendo prejudicado
Elen Costa
Da Redação
O estado do Amapá, mais uma vez, apresenta índices favoráveis de redução de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) no Brasil, registrando queda de 35,19%. Os dados foram divulgados nesta semana pelo Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), do Ministério da Justiça.
Para o subcomandante da Polícia Militar do Estado do Amapá e chefe do Estado Maior, coronel Carlos Augusto, que esteve na manhã desta quinta-feira, 24, no Programa ‘LuizMeloEntrevista’, da Diário FM (90,9), os dados são extremamente positivos e representam um esforço grandioso dos órgãos de Segurança Pública do Amapá.
“A PM, dentro desses órgãos, é a maior e que representa a ostensividade. É a que está nas ruas, que primeiro recebe as demandas e inicia o combate, mas, não podemos deixar de frisar, é um trabalho em conjunto, integrado, de todas as unidades, em especial, dos serviços de inteligência, e quando temos acesso às informações, quando integramos, conseguimos nos antecipar aos fatos e direcionar da melhor forma”, destacou o coronel.
Os Crimes Violentos Letais Intencionais são os crimes hediondos como homicídio, latrocínio (roubo seguido de morte), feminicídio e lesão corporal seguida de morte.
Carlos Augusto explicou que quando se trata de percentualidade por número de habitantes, o estado do Amapá acaba sendo prejudicado e fica no topo do ranking.
“Em números exatos, um homicídio aqui significa 57 assassinatos em São Paulo, que é um estado que tem uma população maior, até mesmo, que muitos países. Se não me engano, é um estado com cerca de 40 milhões de habitantes, enquanto que nós não temos 800 mil. O município de Amapá, por exemplo, tem cinco mil habitantes, então, uma morte que ocorre lá, representa um dado alto percentualmente”, esclareceu o subcomandante da PM/AP.
O coronel conclui sua entrevista dando ênfase ao trabalho de combate ao tráfico de drogas que vem sendo realizado pelas Forças de Segurança no Estado do Amazonas e garantiu que no Amapá as ações estão sendo realinhadas para diminuir, ainda mais, os índices de violência.
“Há dez nós não tínhamos a atuação das organizações criminosas. Então, não podemos comparar com a atualidade. Os estados do norte do país estão vivenciando uma onda de crimes que os estados do Sul e do Sudeste vivenciaram lá atrás. Mas, vemos, por exemplo, o estado do Amazonas, com um trabalho excelente de combate as drogas nos rios. E nós estamos realinhando as nossas ações, para diminuir os números. Já estamos tendo resultado significativos e, com certeza, teremos mais ainda”, garantiu Carlos Augusto.
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