Polícia

Delegado-geral assume missão de dar orientações contra fake news

Cezar Augusto Vieira dissemina nas redes sociais orientações acerca do assunto; “a notícia falsa é algo que passa a sensação de perversidade”, constata a autoridade


 

Douglas Lima
Editor

 

Entre as muitas tarefas de Cezar Augusto Vieira em sua função de delegado-geral de polícia civil do estado do Amapá está a de orientar a população acerca da divulgação de notícias falsas, prática que quase sempre atinge a honra e a dignidade das pessoas e, por fim, desinforma a população.

 

Cezar Augusto Vieira dissemina nas redes sociais orientações acerca do assunto, considerando, isso, uma missão dele na condição de um agente público de segurança. Nessa quinta-feira, dia 19, ele falou no programa ‘LuizMeloEntrevista’ (Diário FM 90,9).

 

 

O delegado de polícia civil definiu a fake news como uma conduta muito prejudicial à sociedade, pois causa severos prejuízos, não apenas de forma individual, mas para a sociedade como um todo. “Infelizmente nós temos pessoas vocacionadas a esse tipo de prática”, lamentou.

 

O titular da Delegacia-Geral do Amapá ensina que com relação à desinformação a pessoa deve ser criteriosa ao analisar algum conteúdo na internet, porque não se sabe da intenção de quem produz aquele conteúdo: “Isso é um alerta para que tenhamos uma sociedade sadia, pensando realmente na solução dos problemas, buscando a efetividade em todas as ações, sejam políticas, na vida privada, nas empresas, na família”.

 

Para identificar a notícia falsa, mostra o delegado, há muitas ferramentas, mas segundo ele a primeira delas é o senso crítico do leitor, o qual deve contextualizar a informação, para saber se realmente ela tem uma veracidade, e também procurando saber qual é a intenção de quem a publicou.

 

Cezar lembrou que recentemente houve pautas positivas da Polícia Civil, como a integração com o Tribunal de Justiça, convênio com a CGU e um projeto de biblioteca. Ele citou isso para dizer que trazendo para um contexto da informação, é bacana, mas se por acaso ele, mal-intencionado como gestor da Polícia Civil, divulgar notícias falsas, vai induzir a população a acreditar, porque tem a confiança da sociedade.

 

 

“A fake news é algo que passa a sensação de perversidade”, registrou o policial, lembrando que notícias falsas têm destruído muita gente, provocado separações em relacionamentos, e até suicídios e assassinatos, levado a crimes brutais, a linchamentos. “Depois do estrago feito não há como passar uma borracha”, constatou.

 

O delegado Cezar Augusto Vieira disse que existem vários meios de se combater ou se livrar das fake news, como por exemplo a verificação da fonte, checar, procurar saber se a pessoa que a divulgou é especialista, se tem argumento ou se a sua posição é dúbia em relação ao caráter.

 

Outro meio, ensina o agente de segurança pública, é desenvolver pensamento crítico ao ler uma mensagem, procurar saber porque aquilo está sendo publicado. Identificar emoções exageradas também é uma maneira de se contrapor à desinformação, bem como evitar compartilhamento imediato. “Ao ler notícia, evite de imediato compartilhar; quem compartilha imediatamente é porque está sendo remunerado para isso”, alertou Cezar.

 

O delegado observou que há várias ferramentas de checagem, e que uma poderosa é a inteligência artificial. Para ele, ainda se deve buscar conhecimentos sobre técnicas de manipulação, ou seja, saber analisar a notícia por outros ângulos. Só para ditar mais uma, apontou a privacidade nas redes sociais. Para ele, a privacidade tem a ver muito com a segurança do cidadão.

 


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