Nota 10

Atividades de cultura melhoram saúde mental, aponta pesquisa do Datafolha

Pesquisa sobre o impacto das atividades culturais na saúde mental dos brasileiros mostra uma real melhoria entre aqueles que tem esse hábito


 

Cleber Barbosa
Da Redação

 

A realização de programas culturais traz importante contribuição para a melhora da saúde mental dos brasileiros, aponta a quinta edição da pesquisa Hábitos Culturais, realizada pela Fundação Itaú em parceria com o Data Folha.

 

De acordo com o levantamento, que ouviu 2.494 indivíduos, em agosto de 2024 em todo o país, 87% dos entrevistados concordam totalmente ou em partes que atividades culturais diminuem o estresse e a ansiedade e 86% apontam que melhoram a qualidade de vida. Para 83%, vivências culturais diminuem a sensação de solidão, melhoram o relacionamento com as pessoas de casa (83%) e melhoram o relacionamento no trabalho (80%).

 

De acordo com o levantamento, os benefícios das atividades culturais são mais percebidos pelos moradores de cidades médias, pelas mulheres e pelos indivíduos mais escolarizados, com maior renda e entre os grupos de menor faixa etária.

 

O levantamento detectou por exemplo que a diminuição da sensação de tristeza com a realização de atividades culturais é 5 pontos maior entre as mulheres (88%) do que entre os homens (83%). A pesquisa mostrou também que a diminuição do estresse é levemente mais forte em municípios de médio porte (91%) do que em grandes e pequenas cidades, ambas com 86% de menções para este quesito.

 

O levantamento apontou que a sensação de melhoria de qualidade de vida proporcionada pela cultura é maior entre os indivíduos com ensino superior (91%) do que entre os que têm somente o ensino fundamental (83%). Diferença semelhante foi verificada, também, no caso de diminuição do estresse (91% contra 84%), diminuição de sensação de tristeza (89% contra 82%) e diminuição de sensação de solidão (85% contra 80%).

 

Os benefícios da cultura sobre a saúde mental também são mais percebidos entre as faixas de renda mais altas. A diminuição do estresse é apontada por 90% dos indivíduos da Classe AB contra 84% na DE. Mesmo fenômeno verificado em relação à melhora da qualidade de vida (90% contra 81%), diminuição da tristeza (89% contra 82%), diminuição da solidão (84% contra 78%), melhora de relacionamento com pessoas de casa (83% contra 79%) e melhora de relacionamento no trabalho (81% contra 79%). No entanto, mesmo apontando as disparidades entre as classes AB e DE, é interessante pontuarmos que todas as respostas apresentam altos índices de concordância.

 


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