Wellington Silva

Miscigenação Brasil


 

Pesquisa recente revela o que de muito acertadamente já vínhamos comentando:

Somos produto natural de uma incrível química genética em nossa ancestralidade, prevalecendo, sobremaneira, o DNA ameríndio, afrodescendente e português.

Se historicamente voltarmos no tempo, fica a pergunta maior:

Quem muito antes de nós habitava a Amazônia?

Para historiadores e ávidos pesquisadores, inicialmente eram os olmecas e depois os maias, e depois deles os waiãpis, karipunas, galibis, etc, os povos da floresta, os verdadeiros donos da floresta.

“Entonces”, muito depois vieram o homem branco português em suas caravelas com seus porões abarrotados de escravos afrodescendentes, mar abaixo, mar acima, sofrendo insuportáveis tormentos, açoites, tratados como mera mercadoria portuguesa para o serviço escravo em terras brasilianas. E nestas idas e vindas de caravelas portuguesas também vieram para o Norte do Brasil alguns indianos e açorianos, promovendo assim uma notável mistura de raças.

Era o projeto do Marques de Pombal, o de povoar a Amazônia a qualquer custo. A ordem era ocupar, dominar territórios, para evitar invasões estrangeiras.

É exatamente por causa desta notável diversidade histórica que o Brasil está sendo apontado, em recente pesquisa científica, como o país que possui a maior diversidade genética do mundo.

Foram analisados 2,7 mil brasileiros e brasileiras de todas as regiões do país, quer sejam moradores de comunidades urbanas ou rurais, ribeirinhos, indígenas, afrodescendentes ou comunidades quilombolas.

A pesquisa é resultado metodológico do primeiro sequenciamento genético completo feito em larga escala no Brasil.

Portanto, foram encontrados 8,7 milhões de variações genéticas que jamais foram catalogadas, resultado natural puro e simples da miscigenação entre indígenas, negros e europeus.

O genoma brasileiro aponta que 60% tem descendência europeia, 27% africana e 13% nativa – indígenas.

Estudos indicam que este processo de miscigenação se intensificou entre 1.750 e 1.785, com a corrida do ouro, e depois com a expansão dos bandeirantes no país.

Assim, a região Norte possui maiores percentuais de ancestralidade indígena, o Nordeste africana, o Sul europeia, e o Centro-Oeste e Sudeste uma bela mistura das três raças.

Viva o Brasil!

 

 

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