Política

No leilão da Agência Nacional do Petróleo, 19 blocos da Foz do Amazonas são leiloados

A Petrobras liderou lances, em muitos deles em consórcio com a ExxonMobil. Chevron e a chinesa CNPC também se destacaram


 

O leilão de petróleo realizado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) nesta terça-feira teve 34 dos 172 blocos em oferta arrematados por empresas do setor. Ao todo, certame somou R$ 989,26 milhões em bônus exploratório, com ágio de 534,47%, de acordo com dados compilados pela agência reguladora.

 

 

A previsão de investimento mínimo ficou em R$ 1,45 bilhão, apontando um ágio de 33,47% em relação ao programa exploratório mínimo.

 

Nove empresas apresentaram propostas e levaram blocos durante o leilão. A Petrobras liderou o trâmite, em grande parte dos lances em consórcio com a ExxonMobil. Na sequência, vêm Chevron e CNPC Brasil, Karoon e Shell.

 

 

Dos 63 blocos localizados na Margem Equatorial, que inclui o Amapá, 19 foram arrematados, sendo todos eles localizados na Bacia da Foz do Amazonas, onde a oferta total era de 47 blocos. Não houve oferta pelos blocos da Bacia Potiguar, que era vista como um atrativo do leilão.

 

Na Bacia de Parecis, no Centro-Oeste, dos 21 blocos saiu apenas um. Esses três setores estão na mira de ambientalistas e entidades da área de óleo e gás, que argumentam que a exploração nessas localidades coloca em risco territórios indígenas, unidades de conservação e áreas de alta sensibilidade ambiental.

 

Dos 47 blocos na Bacia da Foz do Amazonas, 19 foram arrematados. Nessa bacia, houve três propostas pelo setor SFZA-AP2, que reúne 21 blocos, feitas por três consórcios: ExxonMobil Brasil e Petrobras, Chevron Brasil e CNPC Brasil, Petrobras e ExxonMobil Brasil.

 

Ao todo, nove blocos foram arrematados. Sendo três deles pelo consórcio Petrobras e ExxonMobil e os demais para Chevron e CNPC. O bônus total foi de R$ 528,56 milhões, com ágio de 1.216,16%. O investimento mínimo previsto soma R$ 459,35 milhões.

 

Petrobras e ExxonMobil levaram também dois dos três blocos do setor SPFZA-AP4, com a única oferta apresentada nesse lote. Saiu com bônus de assinatura de R$ 10,54 milhões, sem ágio. O aporte previsto mínimo é de R 109,88 milhões.

 

No setor SFZA-AP3, com 21 blocos, saíram oito. O bônus foi de R$ 305,19 milhões, com 691,08% de ágio, estimativa de investimento mínimo de R$ 439,8 milhões. ExxonMobil e Petrobras levaram cinco blocos, enquanto os outros três ficaram com Chevron e CNPC.

 

Não houve ofertas pelo setor SFZA-AP1, que reúne dois blocos. Tampouco foram feitas propostas pelos 16 blocos da Bacia Potiguar.

 

Apenas um dos 21 blocos oferecidos na Bacia dos Parecis foi arrematado. Ficou com a Dillianz, multinacional que atua em Brasil, Portugal, Estados Unidos e Reino Unido, levou o setor SPRC-L, que inclui nove blocos. O investimento previsto é de R$ 12,091 milhões, com bônus de assinatura de R$ 55 mil, com ágio de 10%.

 

Não houve oferta pelo setor SPRC-O, que reúne 12 blocos.

 

Na Bacia de Santos, o setor SS-AUP4 teve cinco dos 12 blocos arrematados, com bônus total de R$ 78,98 milhões e investimento mínimo de R$149,2 milhões. Três deles ficaram com a Shell e dois com a Karoon Brasil.

 

No SS-AR3, a Karoon Brasil foi a única ofertante. E levou dois bloco com bônus de R$ 4,021 milhões e estimativa de investir ao menos R$ 147,7 milhões.

 

O setor SS AP1 não recebeu proposta. Do SS-AUP5 saiu um dos dois blocos ofertados para a Equinor, com bônus exploratório de R$ 30,48 milhões, com ágio de 76,44%, e investimento previsto de R$ 113,28 milhões.

 

O setor SS AP1 não recebeu proposta. Do SS-AUP5 saiu um dos dois blocos ofertados para a Equinor, com bônus exploratório de R$ 30,48 milhões, com ágio de 76,44%, e investimento previsto de R$ 113,28 milhões.

 

Por fim, o SS-AP4, que reunia cinco blocos, três foram arrematados, sendo dois pela Karoon Brasil e um pela Shell Brasil. Juntos somaram R$ 19,94 milhões em bônus e R$ 73,63 milhões em previsão de investimento mínimo.

 

Na Bacia de Pelotas, o setor SP-AUP3 teve três blocos arrematados em consórcio por Petrobras e Petrogal Brasil, com bônus total de assinatura de R$ 11,46 milhões e previsão de investimento de R$ 84,96 milhões.

 

Os três outros setores não receberam ofertas. Com isso, de 34 blocos saíram apenas três.

 


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