Polícia

Avô é preso acusado de estuprar neta de apenas 7 anos de idade

Após relatos da menor, a genitora dela acabou revelando que também foi vítima do pai, quando era criança; abusos tiveram início quando ela tinha 4 anos de idade e se perdurou por seis anos consecutivos


 

Da Redação

 

Policiais civis da Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Contra Criança e Adolescente (Dercca) deram cumprimento ao mandado de prisão preventiva de um homem, de 62 anos de idade, acusado do crime de estupro de vulnerável. A vítima foi uma criança de apenas 7 anos, neta dele.

 

 

Segundo a delegada Katiúscia Pinheiro, adjunta da especializada, o crime ocorreu em Macapá, em maio deste ano.

 

A menina revelou que o avô praticava abusos sexuais contra ela todas as vezes que a mãe precisava sair para trabalhar.

 

“Foi chocante por que após os relatos da menor, a genitora dela acabou revelando que também foi vítima do pai quando era criança. Esse mesmo agressor se aproveitava o fato da esposa fazer viagens frequentes a trabalho e estuprava a própria filha. Os abusos tiveram início quando ela tinha 4 anos de idade e se perdurou por seis anos consecutivos”, detalhou a autoridade policial.

 

A mãe da vítima disse ainda que nunca contou as violências que sofreu, porque tinha medo, uma vez que a mãe tinha problemas cardíacos.

 

“Ela lembrou que quando tinha 7 anos, o pai pedia para ela levar uma coleguinha e dizia que queria fazer com ela o mesmo que fazia com a filha, mas ela preferiu se afastar das amigas a fazer o que o pai pedia”, disse a delegada.

 

Durante a investigação, a polícia tomou conhecimento, por meio do depoimento da mãe da menor, que outros familiares sofreram abusos sexuais durante a infância por parte do mesmo autor, mas que nenhum quer denunciar, por vergonha e por não estar preparado emocionalmente.

 

“A criança narrou para a psicóloga que o avô dizia para ela que não era para contar para ninguém. Ele dizia que ele aquilo era ‘nosso segredinho’”, concluiu Katiúscia, alertando que essa é uma das estratégias usadas por predadores sexuais de crianças. “Eles fazem a criança acreditar que os abusos sexuais são um segredo que não pode ser contado para ninguém, tudo para garantir a sua impunidade”.

 

Ao ser interrogado, o indiciado não negou as práticas dos fatos em apuração, mas disse não se lembrar do que possa ter feito devido ter problemas de alcoolismo. Ele foi encaminhado à audiência de custódia e está sob tutela da Justiça.

 


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