Cidades

‘Julho das Pretas’ apresenta programação cultural para todos os públicos

Iniciativa é tomada em todos os estados do país; no Amapá, receberá representante nacional dos direitos humanos da Ordem dos Advogados do Brasil


 

Douglas Lima
Editor

 

O Julho das Pretas é um projeto da Ordem dos Advogados do Brasil que ocorre pela primeira vez no Amapá, neste ano. Há palestras e atividades como desfile de moda. Para um dos atos da programação, virá uma representante nacional dos direitos humanos da Ordem dos Advogados do Brasil.

 

Dando mais detalhes, os advogados Josineide Araújo, presidente da Comissão de Igualdade Racial da OAB-AP, e João Elton, do mesmo segmento, destacaram a importância do evento para a conscientazação da população e combate ao racismo. A entrevista ocorreu no programa Ponto de Encontro (Diário FM 90,9).

 

 

“É o Primeiro Congresso Jurídico da Mulher Negra do Amapá; o tema é Sociedade em Movimento com Justiça, Igualdade e Equidade Racial; é um evento nacional que ocorre agora no estado nesta nova gestão; temos o apoio da comunidade e das faculdades. É um momento de diálogo para todos, homens, mulheres, negros e brancos”, declarou a Josineide.

 

 

Sobre a programação ocorrer em julho, a presidente explicou que é uma homenagem a Tereza de Benguela, uma líder de quilombo que por muitos anos teve uma gestão louvável, sendo considerada por muito como uma pessoa à frente de seu tempo. “No dia 24 teremos, oficina de turbantes, e no dia 25 sairemos em comitiva para Mazagão, para um momento de debate sobre diversidade de gênero e direitos humanos” , adiantou a advogada.

 

 

“É um trabalho de organização; é importante a participação de todos os grupos, é uma ação coletiva para nos ajudar a a compreender a necessidade de avançarmos e saudar as lutas travadas pelas pessoas negras”, falou João.

 

“Antigamente havia uma certa dificuldade de se assumir negro, hoje eu me amo e me aceito como eu sou; esta é a sensibilidade que devemos ter. Quando se envergonha você foge da luta. Ainda sentimos as dores do processo da escravidão”, concluiu Josineide, emocionada.

 


Deixe seu comentário


Publicidade