Cidades

Especialista diz que grande endividamento é por falta de educação financeira

Comentando Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas do Serasa, que assinala entre os amapaenses a inadimplência de 63,14% da população, especialista dá aconselhamentos


 

Douglas Lima
Editor

 

O Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas do Serasa, edição de maio passado, revela que 63,14% dos amapaenses estão endividados. Entre os de nomes sujos na praça, 33,9% são da faixa etária de 26 a 40 anos, e 35,1% têm idades entre 41 e 60.

 

No programa ‘Togas e Becas’ (Diário FM 90,9), o consultor, professor pós-graduado em gestão de pessoas e instrutor empresarial, Pedro Neto, definiu a inadimplência, que não é um caso só amapaense, como falta de educação financeira.

 

 

Neto defendeu que a educação financeira deve ser disciplina obrigatória em todos os currículos escolares, desde o jardim da infância, para a pessoa saber como tratar do dinheiro desde aquele realzinho que recebe do pai ou da mãe para comprar bombom.

 

O especialista observou que a inadimplência é uma situação financeira que causa mal-estar, conseguindo abalar a sociedade, a partir da família, chegando até a desestabilizar a vida profissional.

 

Quem deve, disse Pedro Neto, sente logo o impacto ao ir atrás de crédito, quando não tem mais crédito para comprar. Para ele, quem usa cartão de crédito, tem a sensação de ser endinheirado e por isso perde o controle das dívidas que vai acumulando.

 

O consultor ensinou que a educação financeira é fundamental porque o consumismo é um fator psicológico, comportamental, e caso a pessoa não seja bem criada, não tenha uma família estruturada, a tendência é se atolar em dívidas.

 

O endividamento, registrou Pedro, é um fator que prejudica a economia do país, do estado, tanto que órgãos públicos fazem parcerias para facilitar o pagamento de débitos, através de parcelamentos e isenção de multas, entre outras vantagens. O próprio Serasa faz isso.

 

Ainda sobre cartão de crédito, o entrevistado mostrou que esse instrumento dá à pessoa a falsa impressão que tem dinheiro no bolso. “Hoje já quase não se vê uma nota de dinheiro vivo, só o cartão de crédito”, constatou.

 

 

Por fim, Pedro Neto mostrou que o perfil do endividado é ter idade de 26 a 60 60 anos, que ele chamou de geração z, ou seja, pessoas da faixa etária produtiva, justamente as que devem mais se apropriar da educação financeira.

 


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