Casal é indiciado após polícia encontrar ossada de bebê enterrada em quintal de residência
Caso veio à tona no fim do ano passado, depois que o homem, que era pai da bebê, procurou a polícia para denunciar o fato

Da Redação
Em Santana, um casal foi indiciado depois que a polícia encontrou a ossada de um bebê enterrada no quintal da casa onde ambos residiam, no bairro Remédios II. Eles responderão por ocultação de cadáver. A mulher também foi enquadrada pelo crime de aborto.
Os crimes ocorreram no ano de 2023, porém, as investigações iniciaram no fim do ano passado, depois que o homem, que era pai da bebê, procurou a polícia para denunciar o fato. Porém, ele omitiu que ajudou a esconder o corpo da menina.
Durante as investigações, ficou comprovado que a mulher, grávida de aproximadamente sete meses, teria realizado procedimento abortivo de forma clandestina, sem qualquer tipo de acompanhamento médico ou comunicação aos órgãos de saúde.
O exame antropológico realizado pela Polícia Científica do Amapá confirmou que os restos mortais encontrados no quintal da residência pertenciam a um feto humano do sexo feminino, com idade gestacional aproximada de 7,7 meses. O laudo indicou, ainda, que a morte teria ocorrido entre 12 a 18 meses antes da perícia, embora, em razão do avançado estado de decomposição, não tendo sido possível identificar a causa da morte ou se houve nascimento com vida.
Durante as oitivas, a investigada confessou espontaneamente ter feito uso de medicamentos abortivos e relatou ter passado por trabalho de parto sozinha em sua residência, ocasião em que alegou que a criança nasceu sem sinais vitais. Ela declarou, ainda, que, diante de sua fragilidade física e emocional, o corpo permaneceu no quarto até a chegada do pai da criança, que teria, então, procedido ao enterro do feto no quintal, sem qualquer comunicação às autoridades competentes.
O inquérito policial foi concluído pela Delegacia da Infância e Juventude de Santana com o indiciamento da mulher pelos crimes de aborto e ocultação de cadáver. O homem, por sua vez, foi indiciado pelo crime de ocultação de cadáver, por ter agido com plena ciência do ocorrido, contribuído para a supressão do corpo da criança e mantido o silêncio acerca dos fatos por período prolongado. O caso será remetido ao Ministério Público. O casal irá responder pelos crimes em liberdade.
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