Câncer do intestino tem cura, dependendo da resposta do paciente ao tratamento, diz médico Roberto Marcel
Cirurgião oncológico atenta que ultimamente vem sendo notado aumento na incidência deste tipo de câncer em pessoas mais jovens, abaixo ou até os 50 anos, o caso da artista Preta Gil

Douglas Lima
Editor
A morte da cantora Preta Gil, vítima do câncer colorretal, abriu a porteira para multidões em todo o país procurarem hospitais, laboratórios e consultórios médicos em busca de conhecimentos e mesmo de exames para afastar esse mal do caminho de suas vidas. O assunto toma conta das mais diversificadas rodas, programas de televisão e rádio e das indefectíveis redes sociais.
Nesta levada, o Sistema Diário de Comunicação, através da Diário FM 90,9, entrevistou na manhã desta quinta-feira, 31, o cirurgião oncológico Roberto Marcel, que discorreu acerca da doença, também chamada de câncer do intestino, um dos cânceres mais incidentes no país, tanto em homens como em mulheres.
O doutor Roberto Marcel explicou que o câncer colorretal, localizado no intestino grosso, é responsável pelos 45 mil diagnósticos positivos, mais ou menos, registrados no último triênio, no Brasil, somando homens e mulheres detentores desse mal. Ele ressaltou que também há aumento na incidência mundial deste câncer em todo o mundo.
Segundo o especialista, o câncer do intestino está associado a fatores de riscos como alimentação baseada em alimentos enlatados, defumados e embutidos, e também ao sedentarismo, assim como ao consumo excessivo de álcool e tabagismo. Os fatores genéticos são associados à doença contraída por em torno de 25% dos pacientes.
O baixo consumo de fibras, ou seja, de alimentos vegetais como frutas, verduras e legumes, assim como o sedentarismo, também é fator para o aparecimento do câncer colorretal”, registrou o médico com o destaque de que a prática da atividade física é protetora contra a doença, e que ultimamente vem sendo notado aumento na incidência deste tipo de câncer em pessoas mais jovens, abaixo ou até aos 50 anos, que foi o caso da artista Preta Gil.
O médico cirurgião disse que o tratamento do câncer colorretal envolve desde a cirurgia à quimioterapia, e no caso de reto baixo, a radioterapia. O tratamento é individualizado, dependendo da fase em que o diagnóstico é realizado. Pode ser feito tratamento local, retirando de uma lesão da região precursora do câncer, em fase mais inicial, e até o tratamento modal.
Segundo o doutor Roberto Marcel, a cura do câncer do intestino está diretamente relacionada à fase em que a doença é diagnosticada – quanto mais precoce o diagnóstico, maior a chance de cura. Mesmo os pacientes metastáticos, aqueles que já apresentam a doença avançada, conseguem a cura em até 30% dos casos. Mas isso varia de acordo com a resposta que cada paciente dá ao tratamento oncológico, desde a cirurgia até ao uso de medicamento.
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