Atuação do MP-AP resulta na condenação de três faccionados por assassinar jovem grávida em Vitória do Jari
Os réus foram responsabilizados pelo assassinato de uma jovem grávida, ocorrido em 30 de agosto de 2022, executada com extrema crueldade na presença do filho
Nesta quarta-feira (30), o Ministério Público do Amapá (MP-AP) obteve a condenação de três integrantes de uma facção criminosa, durante sessão do Tribunal do Júri da Comarca de Vitória do Jari. Os réus foram responsabilizados pelo assassinato de uma jovem grávida, ocorrido em 30 de agosto de 2022, executada com extrema crueldade na presença do filho, uma criança de sete anos de idade.
A denúncia apresentada pelo MP-AP revelou que o crime foi motivado por uma dívida ligada ao tráfico de drogas. Seis pessoas participaram da ação criminosa, e, no julgamento, foram condenados o mandante, a autora da emboscada e um dos executores. A atuação do Ministério Público foi conduzida pela promotora de justiça Marcela Balduino, titular da Promotoria de Vitória do Jari, que sustentou a acusação ao longo de todo o julgamento.
“Este julgamento representa um passo importante na responsabilização dos envolvidos e na reafirmação de que crimes bárbaros não passarão impunes”, declarou a promotora, destacando o papel do MP-AP no enfrentamento à criminalidade organizada e na defesa da vida e da dignidade humana.
O Conselho de Sentença acolheu integralmente a tese acusatória, aprovando por unanimidade todos os 25 quesitos apresentados pelo MP-AP. Os réus foram condenados por homicídio qualificado e por integrar organização criminosa, com penas que, somadas, ultrapassam 81 anos de reclusão.
Mesmo com o resultado, o Ministério Público do Amapá irá recorrer da sentença por discordar do reconhecimento de uma atenuante aplicada ao mandante do crime — entendimento que, segundo a promotora de justiça, não se aplica ao caso. O objetivo é assegurar uma resposta penal compatível com a extrema gravidade dos fatos.
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