Política

Petrobras promete avanços na Margem Equatorial além da Foz do Amazonas

Companhia prevê nova perfuração no Rio Grande do Norte para 2026


 

Enquanto avança nos processos finais para a licença de perfuração na bacia da Foz do Amazonas, a Petrobras traça os próximos passos para a exploração da Margem Equatorial.

 

Em reunião com a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), na sexta (22), a presidente da estatal, Magda Chambriard, prometeu uma nova perfuração em águas profundas na Bacia Potiguar em 2026. A informação é da agência Eixos.

 

Foi justamente em águas potiguares que a estatal iniciou a exploração da Margem Equatorial em 2024. Desde então, a bacia já recebeu duas perfurações: o poço Pitu Oeste, no bloco POT–M-853, e o poço Anhangá, no bloco POT-M-762.

 

Ambos encontraram petróleo, mas a Petrobras informou que precisa de estudos adicionais para atestar a viabilidade econômica. Uma nova perfuração depende agora da licença do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). Os próximos meses podem ter, assim, a maior mobilização da estatal para o Nordeste e Norte do país nos últimos anos.

 

Isso porque esta semana a estatal também deve concluir a Avaliação Pré-Operacional (APO) no bloco FZA-M-59, na bacia da Foz do Amazonas, etapa final antes da resposta do Ibama sobre a licença ambiental para a perfuração em águas profundas na costa do Amapá.

 

O exercício que visa testar a resposta da petroleira a emergências teve início às 18h10 de domingo (24) e vai durar de três a quatro dias.

 

Depois da primeira negativa pelo órgão ambiental, em 2023, este é o mais próximo que a companhia já chegou da obtenção da licença. Com a conclusão da APO, a expectativa é de uma resposta rápida do órgão ambiental.

 

A sonda já está na locação da perfuração para realizar o teste e pode, portanto, iniciar os trabalhos na sequência. “Estamos à beira de um consenso para a perfuração desse poço”, disse Chambriard, em participação no energy talks da agência eixos na semana passada.

 

Apesar de a área ambiental do governo ser contra a abertura de novas fronteiras exploratórias para petróleo e gás no país, o presidente Lula (PT) vem cobrando publicamente o avanço da atividade. Fazem coro o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União/AP) e os governadores do Norte e Nordeste.

 

A Margem Equatorial é a grande aposta da estatal para repor o declínio das reservas do pré-sal. A região é considerada de grande potencial por estar próxima a descobertas na Guiana e no Suriname. O atual plano de negócios da estatal prevê a perfuração de 15 poços na Margem Equatorial até 2029. Desses, oito estão previstos para os blocos na Bacia da Foz do Amazonas.

 

Chambriard já indicou, inclusive, que pretende prosseguir com os trabalhos na Bacia da Foz do Amazonas mesmo que os resultados do primeiro poço sejam negativos.

 

“Nenhuma campanha exploratória de uma nova fronteira tem um poço só. Então, a seguir, nós temos mais uns seis ou sete a serem furados nessa região, onde nós também já submetemos a solicitação de licenciamento ambiental ao Ibama”, afirmou.

 


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