Direção do Iapen consegue cessar ordens de dentro do estabelecimento para prática de crimes nas ruas
Revelação é do diretor adjunto da penitenciária, Cezar Delmontes, e confirmada pelo diretor Luiz Carlos; hoje em dia é proibida a entrada de celular na penitenciária, para qualquer pessoa, havendo raríssimas exceções

Douglas Lima
Editor
Há 45 dias não há ordem direta de dentro do Iapen para prática de crimes nas ruas de Macapá ou em outros locais do Amapá ou mesmo fora do estado. A revelação foi feita na manhã deste sábado, 30, pelo diretor adjunto do estabelecimento penal, Cezar Delmontes.
A certeza do silêncio entre membros das facções no interior da penitenciária com o mundo externo, por falta de telefone celular, é que ao longo desses 45 dias a direção do Iapen não recebeu comunicado de alguma unidade da força de segurança ou órgão afim, dando conta de atividades de grupos organizados para o crime.
Cezar Delmontes, que é policial penal federal há 19 anos, procedente de Brasília, fez a revelação no programa ‘Togas e Becas’ (Diário FM 90,9) em entrevista na qual ele estava acompanhado do diretor-presidente do Iapen, o delegado de polícia civil Luiz Carlos Gomes Júnior.
Após a revelação, o diretor Luiz Carlos completou que a paralisação das ordens saídas de dentro do sistema carcerário para cometimento de crimes fora dos muros é em razão da atitude administrativa de reprimir ao zero entre os presos o uso de celulares e também de cessar a utilização desses telefones no interior do estabelecimento, por quem quer que seja.
Cezar Delmonte apontou o celular como o instrumento da maior fonte de renda das facções criminosas, que são os golpes cibernéticos. Segundo ele, o crescimento das facções se dá com o aumento das telecomunicações. Inclusive, acentuou, a integração nacional dos grupos de crime organizado se dá com o uso do telefone.
O diretor Luiz Carlos Gomes Júnior reforçou que hoje em dia é proibida a entrada de celular na penitenciária, para qualquer pessoa, havendo as exceções em casos extremos e do uso de aparelhos institucionais, como os do próprio Iapen, Ordem dos Advogados, Defensoria Pública e da Execução Penal.
Na entrevista, o diretor e o diretor adjunto do Iapen também discorreram sobre outros assuntos, ambos ressaltando que as medidas tomadas pela atual administração são adotadas em todo o sistema carcerário brasileiro, mas que aqui no Amapá, por parecerem novas, vêm causando resistências e insatisfações.
Deixe seu comentário
Publicidade



