Cidades

Glauco diz que mineração do Amapá não é profissional

Sindicalista patronal dá o exemplo do Pará, onde, segundo ele, o investidor é obrigado a chegar apresentando carta de intenção com cronograma do que será feito, ao contrário daqui


 

Douglas Lima
Editor

 

Presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amapá (Sinduscon-AP) e observador da dinâmica dos setores econômicos do estado, Glauco Cei estima que para a conclusão do asfaltamento do trecho norte da BR 156 devem ser gastos em torno de R$ 500 milhões.

 

De Macapá a Oiapoque há quase seiscentos quilômetros. Dessa extensão, mais de cem quilômetros ainda faltam ser asfaltados. No ver de Glauco Cei, cada quilômetro do trecho deve custar em torno de R$ 3 milhões.

 

O observador explicou que o alto custo é decorrente do trecho em questão ser muito particular em relação aos outros da rodovia. “É um trecho de 34 pontes e algumas passagens de água, além do que ainda há problemas com indígenas, o que já deveria ter sido resolvido”, descreveu.

 

Glauco Cei analisa que para a conclusão do trabalho com asfaltamento na BR 156 mais rápido seria estabelecer metas por determinado número de quilômetros. Assim a dificuldade na execução, por causa do terreno, teria um maior enfrentamento.

 

O entrevistado entende que a extensão sul da BR 156 é muito mais importante para o Amapá, do ponto de vista econômico, do que a extensão norte, considerando que uma conexão rodoviária com o Pará suscitaria muitos negócios entre Macapá e os municípios paraenses de Monte Alegre, Alenquer e Santarém, entre outros municípios do norte e oeste paraenses.

 

O sindicalista patronal, por fim, defendeu que a mineração no Amapá deve ser encarada de forma profissional, como acontece no Pará, onde o investidor é obrigado a chegar apresentando carta de intenção e com cronograma do que será feito. “Aqui não, as mineradoras chegam, exploram e deixam um passivo muito grande nas empresas locais que para elas trabalham”, lamentou.

 


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