Política

Policiais Militares são homenageados pela Assembleia Legislativa por ato de bravura

A honraria foi concedida pela deputada Liliane Abreu (PV)


 

Os atos de bravura e de compromisso com o ser humano realizados por policiais militares do Amapá foram reconhecidos pela Assembleia Legislativa com a entrega do Título de Mérito Legislativo, durante a sessão ordinária desta terça-feira (7). A honraria foi concedida pela deputada Liliane Abreu (PV).

 

O 3º Sargento João Dias, que iniciou sua carreira no 1º BPM, em Macapá, e os soldados Richardy da Silva Costa, Ruan da Silva Ramos e Jean Márcio, todos lotados na 2ª Companhia do 7º Batalhão da PM, na cidade de Pedra Branca do Amaparí, foram agraciados pelo salvamento da menina Yana Pietra, de apenas seis anos, em um balneário do município, no dia 1º de junho deste ano.

 

 

O episódio ocorreu em um domingo, quando a criança estava com a família em um balneário na entrada da cidade. Yana desapareceu na água e foi encontrada inconsciente no fundo do rio por parentes. Na margem, policiais que estavam nas proximidades, sob o comando do sargento João Dias, iniciaram as manobras de reanimação cardiopulmonar (RCP) e a levaram às pressas para a Unidade Mista de Saúde.

 

Durante o trajeto, ainda recebendo RCP, a menina recobrou a consciência. Já na unidade, a equipe médica confirmou que ela estava fora de risco e não apresentava sinais de sequelas, apesar do tempo sem oxigenação.

 

Ao usar a palavra, o deputado Roberto Góes (PDT) elogiou a deputada Liliane Abreu pela iniciativa. “Estes homens são verdadeiros influenciadores, porque o trabalho que eles fazem é permanente, independentemente de estarem de farda ou não. O policial é sempre policial”, comentou o deputado, informando que esteve no município de Oiapoque entregando Moção de Aplauso a policiais daquela cidade.

 

“É uma forma simples, mas que tem um grande significado para a gente — principalmente para vocês, que estão no dia a dia no combate à criminalidade. Eu sei que o governo vem fazendo muito investimento em segurança pública, mas os policiais que estão no interior do estado e em outros municípios precisam, sim, ter um tratamento diferenciado, principalmente no que tange à questão da interiorização. Hoje, o policial que está no interior tem duas despesas: uma no município onde trabalha e outra aqui, com a família que fica”, destacou o deputado, frisando o trabalho da Polícia Militar no combate à criminalidade nas áreas de fronteira.

 

Ao falar em nome dos homenageados, o Major Souza, comandante do 7º Batalhão — unidade com a maior área territorial do estado, abrangendo os municípios de Serra do Navio, Pedra Branca, Porto Grande, Ferreira Gomes, Tartarugalzinho e Amapá — agradeceu à deputada Liliane Abreu pelo apoio à unidade militar.

 

 

“É um compromisso muito grande, é uma área complexa, onde temos garimpo e áreas de floresta com extração ilegal de madeira. É um policiamento desafiador. Estar aqui hoje, sendo homenageados pelo trabalho que diuturnamente esses militares vêm realizando, é motivo de orgulho. Nós fazemos o juramento de servir mesmo com o risco da própria vida, em prol da sociedade. Esses militares saem de casa sem saber se vão retornar, mas com o compromisso de levar segurança à sociedade amapaense e às suas famílias. Ver nosso serviço ser reconhecido pela Assembleia Legislativa é muito gratificante e demonstra respeito”, destacou o comandante.

 

O Sargento Dias da Silva, que comandou a equipe responsável pelo salvamento da criança, disse que aquele dia foi simples para eles. “Queremos que entendam que essa honra, essa glória, senhores, não é só da minha equipe, é dos senhores e do nosso Criador. Toda honra é para Ele. Fomos apenas instrumentos naquele momento”, frisou o sargento, destacando que esta é a segunda vez que é homenageado na Alap.

 

“Quando chegamos àquela situação e vimos a criança já dada como morta, segundo os familiares — a mãe era enfermeira —, todos aguardavam uma ambulância, que não existia no município. Chamamos a responsabilidade para nós. Sabíamos que poderíamos até estar cometendo um crime militar ao violar um suposto cadáver, mas aquilo não importava. Agimos pela nossa honra. Aquela poderia ser uma das nossas filhas, de um companheiro ou mesmo minha. Então, demos o suporte necessário. A minha alegria não é estar aqui — isso é só uma parte dela. A minha verdadeira alegria foi ver aquela criança me abraçar, chorar e ouvir da médica que ela não tinha nenhuma sequela”, destacou o sargento, agradecendo a presença da família e do comandante.

 


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