Cidades

Petrobras diz que atividade exploratória na Margem Equatorial envolve perfuração de mais de um poço

Petrolífera antecipa que toda infraestrutura disponibilizada para o bloco FZA-M-59, incluindo os centros de atendimento à fauna em Belém e Oiapoque, estará disponível para utilização nos demais projetos desenvolvidos na costa do Amapá


Sonda de perfuração NS-42, responsável pela perfuração do poço em águas profundas do Amapá

 

Douglas Lima 

Editor

 

A Petrobras, através de sua assessoria de imprensa, confirmou na manhã desta quarta-feira, 22, que a perfuração do poço, em águas profundas do Amapá, a 500 km da foz do rio Amazonas e a 175 km da costa, na Margem Equatorial brasileira, deve durar aproximadamente cinco meses.

 

A empresa também disse que no período da perfuração os dados obtidos serão avaliados por sua equipe técnica, e que a pesquisa exploratória busca obter mais informações geológicas e avaliar a viabilidade econômica da área. “Não há produção de petróleo nesta fase”, esclarece.

 

Avaliando o processo de licenciamento do Bloco FZA-M-59, a Petrobras lembrou que com o Ibama manteve diálogo permanente em todas as etapas do processo. “A companhia atendeu a todos os requisitos estabelecidos pelo órgão, cumpriu integralmente o processo de licenciamento ambiental e respondeu a todos os pedidos de ajustes solicitados, inclusive após a Avaliação Pré-Operacional (APO)”, registrou.

 

A petrolífera garante que ao longo das etapas comprovou ao Ibama a sua capacidade técnica e a eficácia do plano de resposta à emergência e de atendimento à fauna propostos no processo de licenciamento.

 

A Petrobras argumentou que a Margem Equatorial é uma região de nova fronteira exploratória, e que além do poço Morpho estuda outras perfurações no bloco FZA-M-59.

 

A atividade exploratória na Margem Equatorial envolve a perfuração de mais de um poço. Estão também em andamento o processo de licenciamento de perfuração nos blocos FZA-M-57, 86, 88, 125 e 127. Toda a infraestrutura disponibilizada para o bloco FZA-M-59, incluindo os Centros de Atendimento à Fauna em Belém e Oiapoque, estará disponível para utilização nos demais projetos desenvolvidos na Margem Equatorial.

 

A empresa também argumentou que a exploração de petróleo é essencial para evitar que o Brasil passe de autossuficiente para importador de petróleo a partir dos anos 2030. O declínio natural da produção exigirá investimentos em exploração e produção de petróleo para que a demanda seja atendida.

 

Para a Petrobras, conciliar o foco na exploração responsável de petróleo e gás com a expansão do portfólio de negócios de baixo carbono é o caminho mais eficaz para que o Brasil avance na transição energética justa sem comprometer sua soberania energética, seu desenvolvimento e sua competitividade internacional.

 

A empresa afirma estar comprometida com uma transição energética justa, inclusiva e financeiramente viável. Esse compromisso está refletido no Plano de Negócios 2025–2029 da companhia, que prevê investimentos de cerca de 90 bilhões de reais direcionados a iniciativas de transição energética — um aumento de 42% em relação ao plano anterior, representando 15% do Capex total.

 

Esses investimentos englobam projetos em energias de baixo carbono, projetos para descarbonização das operações e Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, que permeiam todos os segmentos. A Petrobras está investindo em bioprodutos, com destaque para etanol, biodiesel, biometano e projetos de biorrefino e em novas fontes de energia de baixo carbono, como eólica, solar fotovoltaica e hidrogênio de baixa emissão de carbono.

 


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