Contrabando de migrantes é investigado pela PF no Amapá
Inquérito teve início após prisão em flagrante de catraieiro em 2024; na ocasião, o indivíduo foi preso sob acusação de tráfico internacional de armas, ao importar mil munições da Guiana Francesa para o Brasil

Elen Costa
Da Redação
Na manhã desta quarta-feira, 5, a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação com o objetivo de investigar uma organização criminosa voltada ao contrabando de migrantes, especialmente de origem cubana, na região de fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa.
Denominada de Operação Catraia, a ação resultou no cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão nos municípios de Oiapoque, Santana e Macapá, a capital do Amapá.
De acordo com informações, a investigação teve início após a prisão em flagrante de um catraieiro – tripulante que opera pequenas embarcações conhecidas na região amazônica como catraias – ocorrida em 2024. Na ocasião, o indivíduo foi preso sob acusação de tráfico internacional de armas, ao importar mil munições da Guiana Francesa para o Brasil.
Com o sujeito, a PF identificou uma rede criminosa estruturada composta por catraieiros, intermediadores e picapeiros, responsável por promover o contrabando de migrantes na região.
O grupo dos catraieiros atuava entre as localidades de São Jorge, na Guiana Francesa, e Oiapoque, extremo norte do Amapá, utilizando o rio como rota para o ingresso irregular de estrangeiros no território nacional.
As investigações revelaram que os migrantes cubanos eram submetidos a cobranças abusivas, realizadas em moeda estrangeira, em razão de sua condição de vulnerabilidade.
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