Cidades

Nova era pode estar surgindo para o Amapá, a do petróleo

Petrobras opera em estudos na Margem Equatorial, um avanço e tanto; a palavra mais exata no momento é expectativa


 

Evandro Luiz
Da Redação

 

A exploração de petróleo na Margem Equatorial pode representar um novo capítulo para o Amapá. Estudos da Petrobras indicam que a Bacia da Foz do Amazonas pode conter mais de 5,6 bilhões de barris de petróleo, o que coloca o estado no centro de uma das discussões mais intensas do setor energético brasileiro.

 

Em 1976, foi registrada uma descoberta subcomercial de gás natural na região, resultado de pesquisas iniciadas ainda em  1963. Durante os anos 1970, a Petrobras firmou contratos de risco que levaram a novas descobertas de gás natural subcomercial em 1976 e em 1982.

 

A possibilidade de exploração em larga escala voltou a ganhar força em 2013. Mais recentemente, em 2024, a Petrobras anunciou a descoberta de um novo reservatório na Bacia Potiguar, também localizada na Margem Equatorial, entre o Amapá e o Rio Grande do Norte.

 

Nos últimos anos, o debate sobre o tema se intensificou. A perfuração de poços de pesquisa pela estatal, especialmente no bloco FZA-M-59, tem gerado controvérsias. Em maio de 2023, o Ibama negou a licença ambiental solicitada pela empresa, alegando “inconsistências preocupantes” no processo.

 

Atualmente, o licenciamento ambiental avança para a fase final. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) já aprovou a Avaliação Pré-Operacional (APO) da Petrobras e o simulado de emergência. A Petrobras já opera em estudos que devem demorar uns seis meses.

 

Para os que defendem a exploração, o petróleo pode significar uma nova era de prosperidade para o Amapá, com geração de empregos, arrecadação e desenvolvimento regional. No entanto, ambientalistas e especialistas alertam para os riscos à biodiversidade e aos ecossistemas marinhos da costa amazônica.

 

A expectativa em torno do projeto é grande, mas o futuro ainda depende de um equilíbrio delicado entre crescimento econômico e preservação ambiental — dois pilares fundamentais para que essa possível nova era seja também sustentável.

 


Deixe seu comentário


Publicidade