Cidades

Atraindo 800 visitantes por dia, estande do Amapá se destaca como um dos mais concorridos da COP30

Com startups, pesquisadores e instituições científicas, o espaço se firmou como vitrine de inovação, sociobioeconomia e estratégias ambientais do estado mais preservado do Brasil


 

Com média de 800 visitantes por dia, o estande do Amapá tornou-se um dos pontos de maior circulação e interesse da Zona Verde da COP30, em Belém (PA). Nos primeiros cinco dias de programação, o espaço ainda sediou cerca de 60 debates e rodadas temáticas, reunindo mais de 110 painelistas, além de promover 15 reuniões bilaterais e apresentações de mais de 20 instituições científicas.

 

No local, o público encontrou uma vitrine das potencialidades do estado mais preservado do Brasil, com produtos da sociobioeconomia, maquetes de empreendimentos sustentáveis, protótipos tecnológicos, inovações de startups locais e uma mostra artística assinada pelo artista Afrane Távora, inspiradas na identidade cultural do Amapá e na relação com a floresta.

“Viemos com uma grande delegação porque temos muito a dizer. O estande do Amapá na COP30 é um sucesso. Todos que vieram até aqui têm uma missão específica, um trabalho claro a cumprir, e isso está acontecendo na prática. A nossa presença não é simbólica, mas estratégica, propositiva e mostra que o Amapá está preparado para dialogar com o mundo sobre clima, desenvolvimento e futuro”, falou o coordenador da da delegação do Amapá na COP30, Gutemberg Silva.

 

Um dos pontos altos da programação foi o lançamento do Plano de Apoio à Sociobioeconomia, com a presença do governador Clécio Luís. O evento reuniu cerca de 600 pessoas, entre comunidade acadêmica, sociedade civil, representantes indígenas, quilombolas e empreendedores de base tecnológica.

O alcance da programação refletiu também na diversidade do público que passou pelo estande. Visitantes do Japão, Estados Unidos, Coreia do Sul, China, Bolívia e Peru estão entre os mais frequentes, revelando a crescente curiosidade internacional sobre como o Amapá alia desenvolvimento e preservação.

 

Durante as visitas, o público tem acesso a instrumentos estratégicos do governo amapaense, como o Atlas Solar, que mostra o potencial de energia limpa; o Plano Estadual de Recursos Hídricos, voltado à gestão da água; o Plano de Apoio à Sociobioeconomia, que incentiva cadeias produtivas sustentáveis; e o Código de Governança Socioambiental, que orienta políticas de transparência e sustentabilidade no estado.

 

Além dos visitantes estrangeiros, o espaço também tem atraído o público local. É o caso da paraense Antonia Rodrigues, mestranda da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), que visitou o estande para conhecer de perto iniciativas alinhadas ao seu campo de pesquisa: tecnologia aplicada ao desenvolvimento sustentável.

 

“Vejo aqui uma riqueza de conteúdo que mostra a realidade das comunidades ribeirinhas. O Atlas, por exemplo, é um projeto que envolve energia solar e sustentabilidade, promovendo o uso responsável dos recursos e ampliando o potencial de aplicação em comunidades regionais”, destacou Antonia.

 

A programação do estande segue até o dia 20, com uma série de painéis, exposições e atividades culturais que abordam temas como inovação, sustentabilidade, políticas climáticas, economia verde, manejo florestal, agricultura familiar e juventudes. A agenda reúne governo, academia, startups e comunidades tradicionais, ampliando o diálogo sobre o futuro da Amazônia.


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