HU-Unifap promove testagem e conscientização no Dezembro Vermelho
Ação especial aconteceu no Amapá Garden Shopping, levando informação e testes rápidos à população

O Hospital Universitário da Universidade Federal do Amapá (HU-Unifap), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), promoveu , no dia 1º de dezembro, das 14h às 19h, no Amapá Garden Shopping, uma ação especial do Dezembro Vermelho, campanha nacional dedicada à prevenção do HIV/Aids, ao combate ao estigma e à promoção da testagem e do tratamento das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). A programação incluiu palestras, panfletagem e a realização de testes rápidos para HIV, sífilis e hepatite B, reforçando a importância da informação correta, da prevenção e da testagem regular.
Durante a ação, foram realizadas 47 testagens para HIV, Hepatites B e C e Sífilis. Nenhum caso foi reagente para HIV. “Focamos na prevenção, orientando os participantes e distribuindo preservativos”, frisou a médica infectologista do HU-Unifap, Cynthia Martins.
Segundo Cynthia, o número de pessoas que vivem com HIV/Aids e ISTs, de forma geral, está crescendo paralelamente ao aumento da liberdade sexual, associado à não utilização de métodos de prevenção. Ela destaca que tanto a falta de informação quanto a desinformação ainda alimentam mitos prejudiciais. “Enquanto uns têm um temor exagerado, como acreditar que podem se infectar com HIV ao usar o mesmo copo, outros, por existir hoje um controle eficaz, não adotam métodos preventivos”, alerta.
Ela enfatiza que as estratégias mais eficazes de prevenção são a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e o uso regular de preservativos. “A PrEP tem demonstrado grande sucesso, assim como o incentivo ao uso do preservativo. Por isso, campanhas como o Dezembro Vermelho são tão importantes”, pontua.
Mesmo com avanços terapêuticos, Cynthia reforça que conversar sobre prevenção continua essencial. “A população precisa ser constantemente informada. Prevenir sempre será melhor do que diagnosticar e tratar”, afirma.
De acordo com a médica, a comunidade recebeu bem e interagiu com a equipe, fazendo perguntas sobre ISTs. “Foi uma tarde bastante proveitosa e estimulante para nós, profissionais envolvidos na ação”, disse.
Crescimento de casos no Amapá exige atenção
A infectologista alerta que o estado vive um aumento recente no número de novos casos, ampliando a demanda por assistência. “Temos poucos profissionais para absorver essa procura. Por isso, solicitamos reforço de equipes, buscamos descentralizar o atendimento, como a abertura do Ambulatório para Pessoas Vivendo com HIV/Aids (PVHA) no HU-Unifap, e intensificamos campanhas para incentivar a testagem e a prevenção”, ressalta Cynthia Martins.
A campanha também destaca a mensagem Indetectável = Intransmissível (I=I). A médica explica que “indetectável” se refere à ausência do vírus no sangue, alcançada com o uso correto da terapia antirretroviral, enquanto “intransmissível” é o status alcançado quando a pessoa permanece indetectável. “Ou seja, com a carga viral indetectável, a pessoa não transmite o vírus. Isso traz dois benefícios: a infecção fica estabilizada e cessa o prejuízo à imunidade causado pelo HIV, além de quebrar a cadeia de transmissão e diminuir a incidência do HIV”, explica.
Saiba mais
Quem deve fazer os testes rápidos?
Todos podem realizar os testes rápidos, disponíveis gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). A recomendação é que sejam feitos pelo menos uma vez ao ano ou imediatamente caso surjam sintomas como perda de peso, diarreia frequente, fraqueza ou infecções recorrentes.
A testagem também é indicada após situações de risco, como relação sexual sem preservativo ou contato com material perfurocortante potencialmente infectado. Além disso, faz parte da rotina do pré-natal, sendo igualmente recomendada para casais sorodiferentes, quando um dos parceiros vive com HIV e o outro não, e para profissionais do sexo.
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