Operação contra agiotagem mira grupo criminoso liderado por estrangeiros

 

Douglas Lima
Editor

 

Intitulada ‘Cobro Final’, a operação conjunta do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e da Polícia Federal (PF) mirou um grupo de criminosos que praticava agiotagem no Amapá, e que teria movimentado mais de R$ 60 milhões.

 

A ação das forças de segurança foi deflagrada na manhã desta quinta-feira, 11, e cumpriu 20 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão preventiva em Macapá e Teresina (PI).

 

Segundo a coordenadora do Gaeco, Andréa Guedes, a quadrilha era formada em sua maioria por colombianos, e exigia de comerciantes e pessoas físicas o pagamento de juros que chegavam a 20% ao dia, sob a ameaça de apropriação de bens e violência física, caso os valores não fossem recebidos.

 

 

“As pessoas eram extorquidas e ameaçadas; esses colombianos fazem empréstimos com facilidades a juros exorbitantes. Na hora de cobrar, exigiam a procuração de bens, móveis e imóveis. Muitas pessoas perderam objetos e valores. Essa quadrilha age desde o fim de 2022”, informou a coordenadora do Gaeco.

 

O delegado Lucas Marolini, da Polícia Federal, complementou dizendo que a operação Cobro Final foi um passo importante para o enfraquecimento da quadrilha, e que já foram efetivados bloqueios de bens e valores do grupo, que também realizava lavagem de dinheiro, e que será feita a análise do material apreendido pelas forças policiais.

 

 

A quadrilha também tinha membros em Teresina, capital do Piauí, onde, segundo as informações passadas pelos investigadores, pretendiam se instalar e expandir a atuação criminosa.

 

“Eles migraram e queriam alavancar seus negócios em outros estados. Vale destacar que tomamos conhecimento dessas atividades através de denúncias anônimas, e reforçamos que cada cidadão pode denunciar a atuação do crime organizado”, concluiu Andreia Guedes.

 

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