Política

Justiça amapaense faz manifestação contra derrubada do projeto anticorrupção

Movimento é nesta quinta-feira, 1 de dezembro, às 13h, em frente ao Fórum ‘Desembargador Leal de Mira’


Às 13h desta quinta-feira, 1, integrantes do Poder Judiciário e dos ministérios públicos do Amapá fazem manifestação na avenida FAB, em frente ao Fórum ‘Desembargador Benedito Leal de Mira’, contra a derrubada, pela Câmara Federal, do projeto de lei anticorrupção de iniciativa de cerca de 2, 5 milhões de brasileiros.

A informação sobre o movimento foi dada na manhã de hoje por Luciano Assis, titular da Vara do Juizado da Infância e Juventude – Área de Políticas Pública e juiz convocado do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap). Ele falou no programa LuizMeloEntrevista (Rádio Diário FM).

O juiz Luciano Assis adiantou que a manifestação no começo da tarde é para mostrar a indignação da magistratura, bem como do Poder Judiciário e dos ministérios públicos no Amapá, à votação contrária ao projeto anticorrupção, e que agora vai à sanção ou não do presidente Michel Temer.

O magistrado qualificou de caso escabroso o que foi decidido pela Câmara Federal, considerando-o, também, uma retaliação ao Poder Judiciário, Procuradoria Geral da República e ministérios públicos, em razão da operação Lava Jato que trabalha no desmonte do maior esquema de corrupção já ocorrido no país, bem como outras ações da magistratura e do Poder Judiciário.

“Este é um comportamento nada republicano, dizer que os juízes, promotores, procuradores, desembargadores e ministros dos tribunais superiores estão acima da lei. Nós somos passíveis de responder a processos, como qualquer outra pessoa, no caso de cometermos deslizes, e os exemplos são muitos no país, quanto a isso”, disse Luciano.

O juiz de direito interpretou que as modificações feitas no projeto anticorrupção colocam, figurativamente, uma faca no peito do julgador. “Se algum processado, acusado de malfeito, no fim do processo for absolvido, ele, como uma forma de vingança, vai processar o magistrado, em vez de festejar a comprovação de sua inocência.

Luciano acha que apesar da votação legislativa, que ainda depende de decisão da Presidência da República, os trabalhos da Lava Jato não vão parar, porque mesmo que algum ou alguns dos integrantes da força tarefa desista ou desistam, terá ou terão substitutos à altura.


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