Mais de 6 mil servidores são expulsos do serviço público;130 do Amapá
Do Amapá foram expulsos 130 servidores nesse período, o que coloca o estado em 16º lugar entre os que tiveram servidores expulsos em todo o Brasil. Este ano foram apenas dois.

De 2003 a 2016, 6.130 servidores foram expulsos do serviço público, 65% deles (quase 4.000) envolvidos em casos de corrupção, segundo balanço divulgado pelo Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU).
Do Amapá foram expulsos 130 servidores nesse período, o que coloca o estado em 16º lugar entre os que tiveram servidores expulsos em todo o Brasil. Este ano foram apenas dois. De acordo com dados da CGU o Amapá tem 8.870 servidores federais, e os expulsos somam 4,10% do total.
Apenas em 2016, foram 471 expulsões de servidores, além de 1.104 empresas privadas punidas por irregularidades, 30 delas envolvidas no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.
De janeiro a junho deste ano, as ações de combate à corrupção resultaram em uma economia de R$ 952 milhões aos cofres públicos. Segundo a CGU, desde 2012, foram economizados R$ 15,9 bilhões com a diminuição de desperdícios, aumento da eficiência e o retorno de recursos com aplicações indevidas.
Segundo o secretário executivo e ministro substituto da pasta, Wagner Rosário, desde 2003, foram realizadas 247 operações contra a corrupção, que identificaram atos que resultaram em prejuízo de R$ 4 bilhões aos cofres públicos. Na maioria dos casos, os desvios estavam ligados às áreas de saúde e educação e em municípios com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
De acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), os custos da corrupção superam 5% do Produto Interno Bruto (PIB) global por ano, e chegam a US$ 2,6 trilhões. Já o Banco Mundial calcula que a perda mundial com a corrupção seja de cerca de US$ 1 trilhão por ano.
No Brasil, segundo Rosário, a corrupção está diretamente ligada à desigualdade e alimenta o ciclo vicioso da pobreza.
“O cidadão não se sente parte da sociedade e isso faz com que a corrupção se torne um ciclo e esse ciclo condena as pessoas ao subdesenvolvimento, a não ter suas metas educacionais e de saúde atingidas”, disse o secretário durante a divulgação dos dados por ocasião do Dia Internacional Contra a Corrupção. “É um mal que ocorre em todos os países, mas são mais severos em países em desenvolvimento, que é o caso do Brasil”, acrescentou.
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