Anglo e Zamin são denunciadas na Embaixada Britânica
Informação é do promotor de justiça Adilson Garcia, que pessoalmente fez a denúncia.

As empresas mineradoras Anglo e Zamin estão pressionadas por todos os lados para pagar pelos danos ambientais, patrimoniais e sociais que têm causado ao estado do Amapá.
Na manhã deste sábado, 4, o promotor de justiça de Santana, Adilson Garcia, informou que já denunciou na Embaixada Britânica em Brasília o descaso com que países daquela comunidade trabalham em mineração no estado do Amapá.
A Embaixada Britânica, segundo o promotor de justiça, prometeu tomar providências, mas antecipou que um conglomerado empresarial da Inglaterra articula comprar a Zamin, que passou a atuar em ativisades minerais no estado, após uma transação comercial não bem clara com a antecessora Anglo.
As duas empresas também sofrem pressão por parte do governo do estado, que toma providências no âmbito jurídico. Segundo o deputado estadual Paulo Lemos (Psol), que também participou do programa Togas&Becas, para recuperar apenas a Estrada de Ferro do Amapá (EFA), o governo teria que desembolsar em torno de R$ 40 milhões.
“Isso é um absurdo! O governo ter que gastar tudo isso, quando sabemos como andam as nossas saúde e educação, por exemplo, por culpa de contrato mal feito por empresas não bem intencionadas”, protestou Paulo Lemos.
O deputado informou que está produzindo um vídeo para mostrar a real situação do setor mineral do Amapá. Esse trabalho poderá servir para sensibilizar os demais membros da Assembleia Legislativa para criação de uma CPI acerca do assunto.
O promotor de justiça Adilson Garcia enfatizou que além do trabalho político que o Ministério Público vem realizando, junto com senadores e deputados, além da Embaixada Britânica, há uma atividade extrajudicial e ainda judicial, para responsabilizar as mineradoras sobre o desabamento do porto em Santana, em 2011, inclusive com morte de operários.
Adilson Garcia mostrou que a Anglo foi grandemente irresponsável para a consecução do acidente, uma vez que não montou estratégia para estocagem, estacionamento e calado no porto.
O promotor de justiça adiantou que um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) está sendo elaborado para responsabilizar a Zamin, socialmente. Assinarão o TAC, além da empresa, o Ministério Público Federal e o Ministério Público do Trabalho.
Centenas de operários da Zamin estão sem receber pelos trabalhos realizados, enquanto cerca de 30 empresas prestadoras de serviços a Zamin entraram em falência, por falta de pagamento.
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