Câmara Única do Tribunal de Justiça nega pedido de ex-delegado que pretendia retornar ao cargo
Nomeado em 1992 para exercer a função de delegado da Polícia Civil em Laranjal do Jari, Carlos Eduardo Melo Silva foi exonerado em 1995 por decreto do então governador João Alberto Capiberibe (PSB).

Paulo Silva
Da Editoria de Política
Em sessão realizada nesta terça-feira (7/3), a Câmara Única do Tribunal de Justiça do Amapá, presidida pelo desembargador Carmo Antônio de Souza, negou pedido feito pelo ex-delegado de polícia Carlos Eduardo Melo Silva contra o governo do Amapá.
Nomeado em 1992 para exercer a função de delegado da Polícia Civil em Laranjal do Jari, Carlos Eduardo Melo Silva foi exonerado em 1995 por decreto do então governador João Alberto Capiberibe (PSB).
A defesa alegou que a administração equivocou-se ao ampliar o sentido da exoneração pedida pelo próprio cliente – que seria uma exoneração apenas de titularidade em Laranjal do Jari e não do cargo que conquistou por meio de concurso.
Já o representante do governo do estado, procurador Thiago Lima Albuquerque, defendeu que Carlos Eduardo solicitou a exoneração, buscou a anulação do pedido após ser publicada e retomou o tema somente 15 anos depois, 10 após o prazo previsto para interposição de ação desta natureza (pedindo anulação do ato de exoneração).
O relator do processo, desembargador Raimundo Vales, denegou o pedido, citando jurisprudências no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Supremo Tribunal Federal (STF) no sentido de mesmo em caso de ato público eventualmente declarado nulo o prazo de cinco anos precisar ser respeitado. O voto do relator foi acompanhado pelos vogais, desembargadora Sueli Pini e desembargador Manoel Brito.
Compuseram a mesa os desembargadores: Carmo Antônio de Souza (presidindo), Raimundo Vales, Agostino Silvério Júnior (também corregedor-geral), Sueli Pini, Carlos Tork (presidente do Tjap) e Manoel Brito. Além destes, para complementar o quórum foi convocado o juiz Eduardo Contreras e representando o Ministério Público do Amapá (MP-AP) participou a procuradora de Justiça Maricélia Campelo de Assunção.
Deixe seu comentário
Publicidade
