Ministério Público cobra de diretores do HCAL e HE regulação de leitos para internação
Antes da reunião, a promotora Fábia Nilci foi ao Hospital de Emergências, a pedido do próprio diretor, médico Eduardo Monteiro, e verificou a completa falta de estrutura

Paulo Silva
Da Editoria de Política
Os promotores de Justiça André Araújo e Fábia Nilci, titulares da Promotoria de Defesa da Saúde Pública, reuniram na quinta-feira (9/3), na sede do Complexo Cidadão da Zona Norte, com a direção dos Hospitais de Clínica Alberto Lima (HCAL) e de Emergências (HE), além da Procuradoria-Geral do Estado para cobrar imediata regulação de leitos.
Antes da reunião, a promotora Fábia Nilci foi ao Hospital de Emergências, a pedido do próprio diretor, médico Eduardo Monteiro, e verificou a completa falta de estrutura, com dezenas de doentes nos corredores e uma lista de pacientes internados aguardando cirurgias ortopédicas, além da precariedade nas instalações físicas, banheiros quebrados, dentre outros problemas, relatados em inspeção realizada recentemente.
“Verificamos que há uma completa falta de comunicação entre os diretores dos hospitais, prejudicando o fluxo de transferência, internação e cirurgia dos pacientes e precisamos revolver essa questão imediatamente. Não podemos aceitar que por falta de um computador ou sistema de regulação as pessoas continuem sofrendo dessa forma”, manifestou Fábia Nilci.
Para amenizar a situação crítica de 19 pacientes, que estão há mais de um mês aguardando cirurgia ortopédica, os membros do Ministério Público do Amapá (MP-AP) pediram a intervenção do procurador do Estado Raul Silva junto à Central de Licitações do Executivo a fim de agilizar a compra emergencial de 10 leitos, que serão instalados no HCAL.
Segundo a diretora do hospital, Luiza Renata Carvalho, com a aquisição desses leitos, duas novas enfermarias serão reativadas e vários pacientes, hoje nos corredores do HE, poderão ficar internados no HCAL até que as cirurgias ortopédicas sejam realizadas.
“Há um ano fizemos uma recomendação (02/2016) e até hoje a situação n&a tilde;o foi resolvida. Nós precisamos de uma solução definitiva. Não é possível isso. Estamos falando de um problema antigo. Afinal, qual é o plano?”, provocou o promotor André Araújo. Ao final do encontro, os promotores fixaram prazo de 15 dias para outra reunião, quando o sistema de regulação dos leitos será novamente discutido.
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