Amapá trabalha para se adequar à exportação de carnes
Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária, Iraçu Colares, lamenta que investidas policiais contra o setor venha no momento em que o estado luta para valorizar os seus rebanhos pecuários.

Douglas Lima
Da Editoria
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amapá (Faeap), Iraçu Colares, acha que a crise aberta com frigoríficos de processamento de carnes, alvos de operação da Polícia Federal, com ordens judiciais, pode prejudicar o setor pecuarista local que tenta se adequar aos padrões internacionais de exportação.
“Este problema surge num momento em que o setor no Amapá está mudando de status vacinal em relação à febre aftosa. Já estivemos na zona de risco; atualmente estamos com médio risco de aftosa com vacinação, e trabalhando para zero risco sem vacinação”, revelou Iraçu Colares.
O presidente da Faeap explicou que ao conseguir o status zero risco, a pecuária amapaense ficará habilitada a exportar carne dos seus rebanhos para qualquer parte do país e do mundo, o que hoje não ocorre em função de ainda se encontrar num nível intermediário no que diz respeito à febre aftosa.
Iraçu esclareceu que a autorização para a exportação de carnes não é feita no Brasil, mas por meio de um organismo internacional com sede em Paris.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária, que é produtor de búfalos, falou no programa LuizMeloEntrevista (Rádio Diáro FM 90,9), na manhã desta terça-feira, 21. Ele disse lamentar o escândalo, achando que nele tem pelo menos um fulcro de verdade, porque “onde há fumaça há fogo”, mas que a Polícia Federal vem usando de sensacionalismo num assunto que pode intensificar ainda mais a crise econômica brasileira.
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